segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tentação


Embora não saiba pescar, quando os meus filhos eram pequenos e morávamos no interior da Bahia, às vezes íamos pescar num lago próximo a casa onde morávamos. Eram momentos bons como família, todos “curtiam” muito. Mas como pescaria só não era um fracasso total porque elas conseguiam pegar alguma coisa, principalmente Liane, Carol e Brisa, às vezes Ana Verena. Quando pegavam algo era uma alegria geral e faziam muita festa. Eu não conseguia pegar nada, e pelo que lembro Doriel Filho também não.

Não estou dizendo que pesca é coisa de mulher e nem poderia, pois conheço varões que são bons pescadores. Já me disseram que para pescar você precisa pensar como o peixe, e parece que este é que é o problema. Não consigo pensar como o peixe pensa.

Dizem que, para o peixe, a vida consiste em satisfazer o apetite ao máximo. Afirmam que o dito popular "peixe morre pela boca", não se refere apenas ao anzol, mas também porque ele não consegue parar de comer. O que ele curte na vida é: “ver uma minhoca, desejar uma minhoca, comer uma minhoca". Não importa se ela é uma isca.

O peixe nunca interrompe o seu caminho para pensar algo como: "Por que esta minhoca apareceu no meu caminho?" ou então: "Por que está me oferecendo esta minhoca? O que vai pedir em troca?" O peixe não pensa, ele é só um aglomerado de apetites. É um estômago, uma boca e um par de olhos.

Pensando desta forma fico impressionado de como os peixes são estúpidos. A semelhança com aquele que lida com o pecado da mesma forma é mera coincidência.

Nota: Se a carapuça está lhe pegando algo precisa ser feito com urgência. Seria bom começar por um gabinete pastoral.

De nada adiantaria você dizer: "Não se aproxime dessa minhoca, pois ela é uma isca. Não pense que ela vai lhe alimentar, porque não vai. É uma armadilha. Se você olhar com atenção vai enxergar o anzol. Depois da mordida você será puxado para fora d'água e vai direto para a frigideira." Ele não fará nada disto porque não é esperto o suficiente para entender e aceitar este aviso.

Deveríamos agradecer a Deus por não ser como o peixe. Ou você pensa que ele vai olhar para a linha e temer o anzol, assim como você olha para a tentação e teme o pecado?

Nota: A resposta deste paralelo eu não sei, mas sei que você sabe.

Será que ele vai olhar em volta, para todos os seus amigos peixes que vão atrás de uma apetitosa minhoca e de repente voam para o espaço sem nunca mais voltar?

Ele não faz isso. É irônico, pois andam em cardume, mas não aprendem nada uns com os outros! É um alivio saber que somos mais inteligentes e observadores do que eles. Será que somos mesmo? Vamos fazer uma investigação?

Como é que você lida com a tentação? Quando lhe oferecem uma isca você consegue identificar que ela está num anzol preso a uma linha ou o apetite o cega a ponto de ignorar este detalhe?

Nota: Quando sentimos fome, qualquer coisa do cardápio parece boa. Minha avó costumava dizer que o melhor tempero é a fome. Quando nossa alma está insatisfeita, o pecado começa a ganhar um aspecto tentador. Por isso é importante observar o nível de satisfação de nossa alma.

A tentação assegura que podemos ser livres para satisfazer nossos apetites o quanto quisermos. Ver a isca, desejar a isca, comer a isca. A tentação promete liberdade, mas nos transforma em escravos. Há sempre um anzol.

A verdadeira liberdade não é a liberdade exterior de satisfazer cada apetite; mas à liberdade interior que nos livra da escravidão imposta pelos diferentes apetites e desejos. É a consciência de que somos mais do que um estômago, uma boca e um par de olhos.

Alguém disse que o pecado não é determinado por uma relação de “não pode, não deve e não faça”, mas pelo resultado do relacionamento entre os nossos princípios e a nossa vontade, (e os nossos diferentes apetites), ou seja, quem está dominando quem.

Você domina os seus instintos ou é dominado por eles?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

CULTIVANDO O FRUTO


Todo aquele que deseja ser discípulo de Jesus precisa dar fruto. Esta é a condição. Portanto, aquele que diz ser discípulo, e não trás este testemunho é servo inútil; é estéril, e não faz diferença para o Reino. Está na categoria daquele que enterra os talentos. Enterro lembra funeral que por sua vez lembra defunto, ou seja, está morto espiritualmente e não sabe.
Portanto, a prova que você é servo vivo, ativo e fiel é o fruto. Resta a questão: O que é este fruto? Pois a Bíblia fala (no mínimo) em três tipos diferentes de fruto.
O primeiro é aquele que nasce em plantas. São os frutos dados por Deus para alimentar o corpo. Não é dele que Jesus está falando. A Bíblia também menciona frutos biológicos, (os nossos filhos). E, embora na criação o Senhor tenha ordenado: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, Gê 1.28 ainda não é desse que Ele está falando.
O terceiro é aquele que resulta no caráter de Cristo; é este, e este é o fruto do Espírito: Amor, regozijo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Ga 5.22,23
Nota: Lembrando que regozijo é alegria. Longanimidade é paciência. E Benignidade é amabilidade, gentileza.
É essa a espécie de fruto que Deus quer ver em nossa vida. E para produzir esse fruto, é preciso ter boas raízes. Se você não tiver raízes, simplesmente não dará nenhum fruto, e sem fruto não é discípulo; discípulo que é discípulo dá o fruto que glorifica o Pai celestial.
Precisamos de raízes profundas para suportar o tempo de calor e de seca. As raízes são a fonte vital de nutrição de uma planta. Na seca, os recursos são limitados. Quase tudo murcha e muita coisa morre.
Você já percebeu que, na vida, às vezes, temos que passar por períodos de seca? Ou seja, sem as coisas das quais normalmente dependemos. Talvez você esteja passando por um desses momentos. Como você lida com os períodos de estiagem da vida? Isola-se e desaparece; seca ou simplesmente murcha?
Qualquer um pode sobreviver a um período de estiagem, mas sobreviver a uma seca prolongada é outra coisa, e precisa ter raízes boas e profundas.
Por exemplo, se o fluxo de caixa em seu negócio for ruim durante um mês, você não gosta, e fica pensando: vai melhorar no próximo mês. Mas, se no próximo mês, as coisas não melhorarem você começará a ficar preocupado e se continuarem ruins por um longo período você vai ficar depressivo ou em pânico, a não ser que tenha boas raízes.
Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor. Ele será como árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro. Não receia quando vem o calor, suas folhas são sempre verdes. No ano de sequidão não se perturba, nem deixa de dar fruto. Jr 17.7,8
O homem justo pode enfrentar o calor e também sobreviver a um período de seca prolongado porque tem boas e profundas raízes. A questão é? Como cultivar essas raízes? Nos três primeiros versículos do livro de Salmos encontramos uma boa resposta.
Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Sl 1.1-3
O salmista além de descrever a vida saudável, prospera e estável, (a vida que tem boas raízes), ele ensina que desenvolvemos estas raízes lendo e meditando na Palavra de Deus. Com outras palavras, o apóstolo Paulo, escreve a mesma coisa aos colossenses.
E agora, assim como vocês confiaram em Cristo como Salvador, confiem nele também para os problemas de cada dia; vivam em união vital com Ele. Deixem que as raízes de vocês se aprofundem nele e extraiam dele a nutrição. Cuidem de continuar a crescer no Senhor, e tornem-se fortes e vigorosos na verdade. E que a vida de vocês transborde de alegria e gratidão por tudo quanto Ele tem feito. Cl 2.6,7 BV
Gaste tempo lendo a Palavra de Deus, e além de meditar nela, aprenda com os seus ensinamentos e obedeça os seus mandamentos, também memorize versículos chave. É assim que as raízes espirituais são desenvolvidas e penetram profundamente no solo da Palavra de Deus, nos capacitando a enfrentar os longos períodos de estiagem ou de seca.

Aviso Importante !

Favor Mencionar E-mail quando fizer seu comentário.
Deus abençoe