quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Virada de 2009

Deus fez uma promessa a Abraão. Prometeu levá-lo a uma terra, dar-lhe essa mesma terra e fazer dele um grande povo. Gê 12.1-3

“Fazer dele uma grande nação”, isso significa que a semente de Abraão também teria parte da promessa.

Nota: Por isso, mesmo quando Abraão já estava morto há seus descendentes esperavam que Deus cumprisse a promessa feita a Abraão.

As bênçãos de Abraão estavam nas mãos de Deus. E a Bíblia diz que elas foram liberadas porque Abraão creu, ou seja, teve fé.

Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês realiza essas coisas pela prática da Lei ou pela fé com a qual receberam a Palavra?

Considerem o exemplo de Abraão: “Ele creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”. Estejam certos, portanto, de que os que são da fé, estes é que são filhos de Abraão. Prevendo a Escritura que Deus justificaria os gentios pela fé, anunciou primeiro as boas novas a Abraão: “Por meio de vocês todas as nações serão abençoadas. Assim, os que são da fé são abençoados junto com Abraão, homem de fé. Ga 3.5-9

A fé de Abraão fez com que as bênçãos e promessas de Deus passassem de geração em geração. Mas a Bíblia também diz que “os que são da fé são abençoados junto com Abraão” Ga 3.9 NVI

Em outras palavras a promessa feita à semente de Abraão só alcança aqueles que, como ele, possui fé.

Sei que muitos pensam que a promessa feita a Abraão não tem nada a ver com os crentes da Nova Aliança, embora o NT diga que Jesus foi o cumprimento da promessa feita à semente de Abraão.

Irmãos humanamente falando, ninguém pode anular um testamento depois de ratificado, nem acrescentar algo. Assim também as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. A Escritura não diz: “E aos seus descendentes”, como se falando de muitos, mas: “Ao seu descendente” dando a entender que se trata de um só, isto é, Cristo. Ga 3.14,15 NVI

Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Ga 3.27

Jesus foi o cumprimento da promessa feita à semente de Abraão. Portanto aqueles que estão em Cristo são participantes da promessa.

Somos filhos de Deus por meio de Cristo, “pois os que em Cristo foram batizados se revestiram”.

A palavra batizar significa literalmente colocar, depositar ou submergir em alguma coisa. A salvação lhe tirou de um lugar escuro (o domínio das trevas) e o colocou e o colocou num lugar iluminado, (no Reino de Cristo).Cl 1.13

Deus disse a Abraão que todas as nações seriam abençoadas por intermédio dele. Ga 3.8 Isso significa que não importa a sua nação ou a cor da sua pele, pois Deus é maior do que a sua nação e a sua pele.

Não importa sua família, pois Deus é maior do que sua linhagem ou genealogia. Ele é maior do que seu sexo ou sua denominação, e sempre cumpre as promessas que faz.

Se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa. Ga 3.29

Se eu estou em Cristo, então sou semente de Abraão. E, se sou semente de Abraão, quando Deus prometeu a Abraão, estava prometendo para mim.

Em Cristo tenho o direito legal e a autoridade divina de reivindicar para mim todas as promessas feitas a Abraão.

· Deus disse a Abraão que era chegada a hora de ele mudar da situação atual para uma melhor. Disse a mim também.

· Deus disse: “Farei de você um grande povo”. Isso também serve para mim.

· “Eu o abençoarei”. É minha também.

· “Você será uma benção”. Eu também serei.

· “Amaldiçoarei os que o amaldiçoarem.” Isso também me diz respeito.

Você sabe por que uma geração dos filhos de Israel foi impedida de entrar na Terra prometida?

Não foi por desconhecer a libertação, a provisão, a orientação e a generosidade de Deus. Também não foi por não ter conhecido a mão de proteção, do poder e da presença de Deus.

Foi por não ter acreditado na promessa que foi feita a Abraão.

Aquele povo jamais teve dificuldade em crer que Deus era capaz de fazer qualquer coisa, com exceção de manter a promessa de levá-lo à Terra Prometida.

E você? O que acha que Deus não pode fazer em sua vida? Qual é o gigante (desafio) que o impede de crer?

Nunca esqueça que, acima de tudo, Deus é a verdade firme, infalível e santa. Mas isso não foi suficiente para os filhos de Israel.

Isso é suficiente para você?

Você é semente de Abraão. Você crê nisso?

Será que sustentará essa crença quando tiver de enfrentar os gigantes da vida ? Continuará a crer quando não puder ver um caminho? Crerá independente da situação atual?

Você sabe que Deus pode fazer qualquer coisa, assim como Israel também sabia. Esse não era o problema de Israel, mas sim acreditar que Deus o faria.

Nota: Os filhos de Israel criam na capacidade de Deus fazer, portanto, puseram em dúvida (foi) a integridade, a honra e a santidade de Deus, ao duvidarem que Ele cumpriria o prometido.

O povo de Israel recebeu tudo que Deus, (por sua misericórdia), lhe deu. Mas a mão que estava erguida sem nada, a não ser uma promessa, ele rejeitou.

Será que você faz o mesmo? Você diz e afirma que Deus é poderoso e tudo pode fazer, mas, faz uma exceção com a promessa que não pode ver?

Caminhamos pela fé, e não por aquilo que vemos. E, sem fé, é impossível agradar a Deus. Hb 11.6

Se você acredita nas promessas de Deus para sua vida comece o ano declarando:

Todas as promessas que Deus fez a Abraão são minhas.

E Ele me colocará num lugar especial, pois mudara o curso do meu destino.

Fará o meu nome conhecido e respeitado. Abençoará a minha geração e serei uma benção na entrada e na saída.

Ele abençoará aqueles que me abençoarem e amaldiçoará a quem me amaldiçoar.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

BENÇÃOS PARA 2010

E nos tirou do Egito com mão forte, com braço estendido, com grande espanto, com sinais e com milagres.

Ele nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. Dt 26.8 e 9

Ao estudar a história da saída dos filhos de Israel do Egito você encontra um retrato do padrão de salvação Divina.

Observe o que este texto é sobre libertação, e diz: Que Deus os tirou, os trouxe e os deu algo, ou seja, cuidou (pessoalmente) deles.

Não diz que Ele os enviou, pois esta expressão passaria a idéia de um Deus distante, pois se os enviasse seria como se Ele ficasse quando eles partiram.

É lógico que as Escrituras trazem importantes exemplos do conceito de enviar, e nos aconselha a submissão ficando a disposição, mas neste texto ela fala de forma especifica como Deus os tirou da escravidão, com o poder da mão Dele, passando a idéia de ir junto, porque a mesma mão que os tirou do Egito, os levou à terra prometida.

Deus é bom e quer estar com você. Ele não quer apenas passar a virada do ano, Ele deseja é seguir com você.

Pense nesse privilégio! Você pode imaginar uma benção melhor do que essa? Deus se fazendo visível ao mundo através de você. Todos O vendo com você e em você.

Você já pensou numa arca da aliança viva e cheia da glória de Deus, (transportando a Palavra de Deus). Você seria capaz de pintar esse quadro? Ele teria as feições de quem? Seria um auto-retrato ou pareceria com Moisés, Arão, algum homem ou mulher de Deus que você conhece?

Melhor ainda, pense num filme. Uma longa metragem que duraria a eternidade. Quem seria o protagonista?

Se tiver coragem converse com o Espírito Santo sobre isso, e comesse o roteiro agora, sabendo que ele não visa Hollywood, Cannes e nem Gramado, pois será exibido (e premiado) na Nova Jerusalém. Ap 21.2

O Novo Testamento diz que Deus nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado. Cl 1.13 Isso é salvação.

Você vai precisará usar a sua santa imaginação para ver como a mão de Deus penetrou nas trevas que cercavam sua vida e o tirou dela colocando-o em outro lugar.

Pense em Israel no Egito. É você nas trevas.

Ele o libertou da escravidão do pecado, trazendo-o para o reino de Cristo. Ou seja, Ele alcançou você, retirando-o da vida de antes Dele e o transportando para a vida com Ele por meio do Seu Filho.

Ele está presente em todas as fazes, (em todo momento), pois deseja ser visto com você de tal forma que possa habitar em você. Jo 14.23

Quando Deus o tira de uma situação é para colocá-lo em outra melhor. Ele jamais o liberta para deixá-lo à toa, esperando que se vire por conta própria.

Se Deus lhe tirou de uma situação e tudo parece piorar é porque Ele ainda não o pôs em lugar algum.

O problema é (que às vezes) ficamos tão enrolados naquilo de que Deus nos liberta que quando Ele coloca a mão sobre nós começamos a nos debater querendo voltar para onde estávamos.

O medo não nos deixa identificar a mão salvadora.

Nota: Quando você tenta libertar um animal que caiu em uma armadilha, ele se debate a ponto de se machucar e quando pode agride a mão salvadora.

Durante a jornada no deserto, os filhos de Israel, agrediram ao Senhor com murmuração. Êx 16.2 e 3; Nm 14.1-3 e Sl 106.25

E você o que fez, quando se sentiu no deserto da vida e pensou que estava perdido por que não via saída?

Antes, você não enxergava o cáus em sua vida porque estava nas trevas e as trevas cegam, (você estava no escuro e por isso não via), agora que está na luz pode ver e quando Ele tirar a poeira, sacudindo-o e limpando-o o colocará em uma situação melhor do que a anterior, de onde o tirou.

Há, ainda, aquelas pessoas que tentam ser abençoadas no novo reino vivendo de acordo com as regras do antigo reino. Não percebem e se percebem não entende que estão sob nova autoridade.

É como mudar de emprego. Se você trabalhava na Fiat e, depois, arrumou emprego na Honda, não ficará muito tempo no novo emprego se ainda for leal à Fiat insistindo em agir conforme as regras e procedimentos dela.

Imagine um jogador de futebol que sai do flamengo para o Corinthians e continua fiel ao Flamengo. É complicado – embora digam que o “Fenômeno” faça isso. Eu não entendo e nem acredito, mesmo sendo um fenômeno (algo anormal), e o desaconselho a fazer isso.

É como ir à igreja no domingo e ao barzinho na segunda. Louvar a Deus pelas conquistas financeiras e reter os dízimos e ofertas.

Quando você está sob a autoridade do reino das trevas, toda vantagem que consegue, (e que alguns chamam de benção), na melhor das hipóteses, não passa de suborno do diabo. É uma tentativa de lhe manter sossegado e alheio ao que receberia no reino do filho de Deus.

Satanás sabe que se você descobrir a graça de Deus vai partir, livrando-se dele, louvando e glorificando a Deus.

Quando isso acontece, ele está com problemas, porque você abre a boca para testemunhar e aqueles que estão no escuro, mesmo não podendo ver, podem ouvir, e a fé vem pelo ouvir. Rm 10.17

Por essa razão, o testemunho é tão importante, que você não pode guardá-lo para si; precisa abrir a boca e dizer como Deus foi bom com você. Mc 5.20

Quando você é colocado em outro reino é posto sob outra autoridade, e outro conjunto de regras. No novo reino, tudo funciona de outra forma, pois os valores são diferentes.

A Bíblia diz que a moeda desse novo reino é a fé, portanto, não é pelo que você vê, mas pelo que ouve.

O que você está ouvindo?

Será que você ainda não sabe que o que ouve determina a sua crença?

Só por curiosidade; qual é a sua expectativa para o novo ano?

Caminhamos pela fé, e não por aquilo que vemos.

Sem fé, é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. Hb 11.6 NVI

Através da Bíblia Deus lhe fez algumas promessas, e uma delas é que jamais o deixaria ou o abandonaria. Você crê nele?

Provavelmente, Ele o corrigiu algumas vezes e continuará corrigindo quando for necessário, e essa correção também faz parte da promessa, pois Ele disse que o adotaria como filho (tornando-o herdeiro) e a correção produz frutos de justiça.

Você crê nessa promessa?

Não responda de pronto, (pelo entusiasmo, nem pela emoção). Deixe que Deus responda por você. Peça-lhe que mostre aquilo em que você crê e aquilo que você não crê. Você pode se surpreender com o que Ele vai lhe mostrar.

A Bíblia possui promessa para enfrentar qualquer situação que possa ser usada contra você. A maioria das pessoas sabe que a Palavra é sua espada, mas ignora que também é seu escudo, pois ela diz:

Além disso, usem o escudo da fé, com o qual poderão apagar todas as setas inflamadas do maligno. Ef 6.16

A sua fé está depositada na verdade de Deus, que chega a você por intermédio de sua Palavra, (a fé vem pelo ouvir).

Neste ano que se inicia, imagine a mão de Deus agindo como escudo contra todos os seus inimigos, e confesse:

Bendito serei na cidade e bendito serei no campo.

Bendito serei ao entrar, e bendito serei ao sair.

O Senhor fará que sejam derrotados na minha presença os inimigos que se levantarem contra mim. Se por um caminho vierem contra mim, por sete caminhos fugirão a minha vista.

O Senhor mandará que a benção esteja em minha casa, e em todo empreendimento da minha mão. O Senhor meu Deus me abençoará neste ano que inicia.

O Senhor me confirmará como Seu filho, pois andarei nos Seus caminhos e cumprirei os Seus mandamentos.

Todos saberão que sou aliançado com o Senhor e terão temor de mim.

O Senhor me dará abundancia de bens, pois me abrirá o Seu bom tesouro e abençoará toda obra da minha mão.

O Senhor me porá como cabeça, e não por cauda. Estarei em cima e não em baixo, pois obedecerei aos Seus mandamentos e não me desviarei nem para a direita nem para a esquerda de nenhum deles. ADAPTADO DE DEUTERÔMIO 28. 1-14

AMÉM!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fuga

A História de Deus com a raça humana, em determinados momentos, parece uma história de esconde-esconde, e a maioria das vezes ficamos confusos sem saber quem está se escondendo de quem e quem está procurando quem.

É comum ouvirmos testemunhos em que as pessoas dizem: “eu O encontrei”. Embora a verdade possa ser: Ele me encontrou. Creio que uma das virtudes de Adão e Eva foi à de terem respondido ao chamado de Deus saindo do esconderijo. Gê 3.10

Nota: Normalmente quem está numa jornada espiritual pensa que é ele quem procura. E, é claro, há certa verdade nisso. Ele faz perguntas, lê livros, assiste aulas, houve aconselhamentos, procura a verdade. Ele procura a Deus. A Bíblia diz: Buscar-me –ei, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Je 29.13

Não somos apenas aquele que busca, mas também o que se esconde. Esconder-se é sempre a primeira reação à consciência de que pecou. Essa tem sido a fuga da raça humana desde o Éden, embora o homem não tenha sido criado para se esconder.

Depois da queda, quando Deus veio encontrar-se com Adão, a reação dele foi esconder-se porque ficou com medo. Gê 3.8-10 NVI E essa tem sido a nossa história. Nós nos escondemos porque não queremos ficar expostos em nossa decadência. Nós nos escondemos porque temos medo de sermos rejeitados se a verdade sobre nós for conhecida. Nós nos escondemos dos outros, nos escondemos de Deus, nos escondemos da verdade e, de certa forma, nos escondemos de nós mesmos.

O pecado e o ato de se esconder estão ligados. A ironia é que nos escondemos porque temos medo de que toda a verdade a nosso respeito seja conhecida e com isso os outros deixem de nos amar. Mas o que está escondido não pode ser amado. Só se pode amar o que se conhece.

Só podemos ser amados se nos deixarmos conhecer.

Quando escondemos alguma parte de nós, tentamos convencer os outros de que somos melhores do que de fato somos. Se formos bons nisso, dá até para enganar, e podemos até ganhar a admiração o respeito e o amor dos outros. Mas uma voz interior vai ficar nos importunando, (repetindo algo mais ou menos assim): “Se soubessem a verdade a seu respeito, se encontrassem seus esconderijos, deixariam de lhe amar, pois ama quem pensam que você é. Não lhe amam realmente, pois não lhe conhecem de verdade.

Adão estava fazendo algo bem semelhante. Mas, talvez, o mais surpreendente tenha sido a atitude de Deus, perguntando: Onde estás? Por que Deus perguntou isso? Será que um Deus onisciente ficaria confuso?

Nota: Sabemos a resposta, pois sabemos que Deus conhecia o paradeiro de Adão, o que faz desta pergunta uma das mais marcantes da Bíblia.

Deus estava permitindo que Adão se escondesse dele. Deus concede a cada ser que criou a liberdade de decidir se quer ou não ser conhecido por Ele. Embora Deus tenha permitiu que Adão se escondesse, tomou a iniciativa de procurá-lo.

Todos nós andamos desgarrados como ovelhas perdidas, Is 53.6 e usamos palavras para nos esconder. Escondemos a arrogância é chamando-a de auto-afirmação, e a fofoca sob o pretexto de ajudar o outro em oração. Escondemos a ganância por dinheiro com a desculpa de estar fazendo o que é melhor para a família.

Nota: A preguiça agora é chamada de falta de motivação e as prostitutas são chamadas de profissionais do sexo ou garotas de programa.

Esconder-se se torna para nós, não apenas uma forma de evitar a dor e o constrangimento, mas também de punir aquele que sabemos deseja estar em comunhão conosco. Deus tinha comunhão com Adão e quer ter conosco. Não dá para agir como a avestruz e viver se escondendo, precisamos enfrentar a realidade. Só conseguimos tomar coragem e parar de nos esconder quando acreditamos que somos amados incondicionalmente. Lucas conta a história de um homem que se escondia, um cobrador de impostos chamado Zaqueu. Lc 19.1-9

Em Israel, algumas profissões carregavam um forte estigma social. Elas eram consideradas “negócios desprezíveis” e nenhum judeu que se considerasse sério as praticariam. Os líderes religiosos faziam uma lista desses negócios e advertiam as pessoas a escolher outra profissão.

Algumas profissões mesmo não sendo consideradas desonestas eram acrescentadas nas listas pelo simples fato de serem consideradas repugnantes como a do curtidor de peles e o coletor de estrume.

Nota: Se o marido de uma mulher abraçasse essa profissão ela teria o direito de se divorciar dele e pedir uma indenização em dinheiro, mesmo que tivesse casado sabendo que ele entraria para a profissão. Poderia alegar que pensava que suportaria, mas estava enganada.

Havia algumas profissões, no entanto, que eram consideradas imorais. As pessoas que praticavam essas atividades eram rejeitadas pela sociedade. O agiota (por ser considerado um explorador dos pobres) e o cobrador de impostos a serviço de Roma.

Israel foi invadida pelos romanos que estavam basicamente interessados em saber quanto dinheiro conseguiria arrancar do país. Então, em vez de romanos, eles colocaram israelitas para cobrar impostos. Eles dividiam o país em áreas e faziam um leilão pelo direito de ser um cobrador de impostos. Quem fizesse a melhor oferta ganhava o direito e poderia cobrar tantos impostos quantos quisesse desde que anualmente pagasse a Roma o valor pactuado. O que sobrasse podia ficar com ele, pois era considerado lucro do negocio.

Por isso, os cobradores de impostos eram considerados traidores que vendiam seus irmãos ao inimigo por dinheiro. Supunha-se, portanto, que todo cobrador era culpado era ladrão porque cobrava a mais para ficar com a diferença. Os israelitas que entravam para essa profissão estavam desistindo da sociedade, dos amigos, e da decência; estavam apostando que a riqueza lhes traria a compensação.

Nota: Para Zaqueu, mesmo ganhando muito dinheiro não estava funcionando e ele se ressentida da solidão, e provavelmente ele soube que Jesus foi a uma festa de cobradores de impostos e que um de seus discípulos já tinha exercido essa profissão. Lc 5.27,29 Zaqueu queria ver o homem que tinha coragem de andar com gente como ele.

Zaqueu queria ver Jesus, mas a multidão o impedia e, ele sabia que a multidão não cederia espaço a um baixinho cobrador de impostos como ele

Então ele subiu em uma árvore. Ele subiu para ver sobre a multidão. Mas, também, pode ser que tenha subido para ver sem ser visto.

Nota: Conhecer e ser conhecido era uma necessidade de Zaqueu, mas também era o seu maior medo.

Zaqueu além de ter uma visão privilegiada sentia-se seguro e protegido no seu esconderijo, mas de repente algo inesperado aconteceu: Jesus parou ao lado da árvore e olhou para cima. Automaticamente, a multidão também olhou. Então Jesus disse: “Zaqueu”. Uma única palavra bastou para deixar a multidão bastante agitada apontando o dedo comentando uns com os outros: veja quem está ali; Zaqueu, o cobrador de impostos, (o publicano, o traidor).

Imagine como Zaqueu se sentiu. Ele pensava que ia ficar escondido numa árvore, seguro, olhando a distancia e, de repente, Jesus e todo mundo que sabia quem ele era, estava olhando para ele. E aconteceu algo que ninguém esperava muito menos Zaqueu, Jesus disse: “Hoje eu devo pousar em sua casa”. Lc 19.5

Imagine alguém que é evitado e desprezado por todas as pessoas decentes. Agora, imagine Jesus caminhando até ela e tratando-a com dignidade (não apenas cumprimentando-a, mas pedindo para ir a casa dela, para sentar-se e comer com ela) e você terá uma idéia do choque e da confusão que todo mundo sentiu.

Nota: Ao convidar-se para ir à casa de Zaqueu, Jesus quebrou paradigmas sociais e religiosos.

Zaqueu saiu do seu esconderijo, pois encontrou e aceitou a verdade: sua vida tinha sido construída na ganância e desonestidade. Tinha pecado contra seu Deus e seu povo.

Imagine que, em vez de Zaqueu, você estivesse na árvore desejando ver Jesus, mas com medo de se aproximar porque sabe que a sua vida não está à altura dele. Você está querendo chegar-se a Ele, mas não quer ser visto.

Nota: Quantos não vêm a Jesus porque têm medo e ficam se escondendo. Têm vergonha de si mesmo e sabem que o dedo apontado é uma arma terrível e preferem se esconder.

Se Jesus aparecesse hoje em seu esconderijo, o que Ele teria para falar com você? O que é que você esconde? Repare na atitude de Jesus e tome uma decisão. Zaqueu assim como Adão teve coragem suficiente para atender ao chamado e sair do esconderijo. E você?

Jesus não pensa como nós. Se estivéssemos no lugar Dele por mais condescendentes que fossemos diríamos a Zaqueu algo do tipo: “Se você limpar a sua vida, mudar de profissão e pagar o que deve, irei à sua casa. Não irei agora, pois pareceria que estou concordando com o que você fez. Sinto muito, mas não posso correr o risco das conseqüências negativas que sua companhia causaria,mas se você mudar e me provar que mudou, irei com você”.

Nota: Mas Jesus não disse isso, pois não pensa como pensamos. Jesus andou com Zaqueu antes dele mostrar mudança e ganhar respeito.

Lucas é bastante claro a respeito da repercussão disso: “Todos os que viram isso começaram a murmurar”. Lc 19.7

Começar a murmurar quer dizer: começar a colocar para fora o que tem escondido no coração. Mt 12.34,35

O problema era que eles eram mais religiosos que Jesus (uma religiosidade distorcida é claro).

Esse é um sinal de alerta: se você se achar mais religioso do que Jesus, é porque passou dos limites. Se você julgar o que Ele não julga está se achando mais certo do que Ele.

Zaqueu saiu de seu esconderijo disposto a mudar e a corrigir seus erros.

Nota: O sinal de uma vida que foi realmente encontrada é quando o maior desejo em resposta ao erro é a vontade de consertar as coisas, enquanto for possível. Essa é a diferença entre arrepender-se e esconder-se para não prejudicar ninguém.

Zaqueu (por mais desgraçado e desprezado que fosse) estava apenas a um passo de alcançar a intimidade com Deus. Embora ele estivesse perdido aos olhos da sociedade e condenado pelos padrões religiosos, estava próximo de viver no reino de Deus, precisando apenas uma confissão sincera e, ele fez.

Para todos que têm se escondido e querem ser resgatados, mas têm medo de serem encontrados, a Bíblia diz, (e é verdade): “Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido”. Lc 19.9

Portanto saia de onde quer que esteja, pois acabou o tempo de se esconder. Chegou a hora de voltar para casa. Você não será castigado, nem punido. Apenas volte para casa e confie em Jesus.

Nosso Deus é um pastor que não deixa de buscar uma única ovelha, embora “alguém” quer que você pense que Ele está satisfeito com as noventa e nove que tem.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O mediador

Quando Paulo diz: “Somos embaixadores da parte de Cristo” 2Co 5.20 ele se refere a quem? Aos apóstolos e aos profetas? Aos pastores e aos teólogos? Ou aos missionários da igreja de Corintos? Esta afirmação é para quem?

A resposta positiva a este “somos” pode fazer muita diferença na sua vida.

Cristo precisa de homens sobre a terra para representá-lo, com palavras, ações e testemunho, assim como Deus também precisou.

O homem que representou Deus aqui na terra foi Jesus. Ele o fez com autoridade e humildade; com sabedoria e fidelidade; alegria e responsabilidade. Certa vez Ele disse: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.Jo 4.34 NVI

O representante de Jesus é a Sua Igreja - somos nós. Como O estamos representando? Quantos podem dizer: a minha alegria é fazer a vontade daquele que me chamou? A todos os que ouviram o Seu chamado Ele disse:

Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Jo 20.21

Quem tem ouvidos ouça, e quem tem entendimento entenda: Ele é quem chamou, e é quem enviou. O ide é imperativo!

Quem traz membro para a igreja é o membro. Membro que tem entendimento sabe que é embaixador de Cristo, e identifica, motiva (com testemunho), convida, intercede (com oração), e insiste (com simpatia), acompanha, (ou seja, discípula) e sente a alegria do dever cumprido.

Aquele que simplesmente observa e às vezes critica ou julga não se envolve porque não é parte integrante (não tem imunidade diplomática, pois não é embaixador), é corpo estranho.

O conceito de ser enviado é importante porque personaliza o representante. É enviado de quem? A resposta vai identificar quem enviou, e a importância não está sobre o representante, mas sobre quem o enviou.

Eu posso lhe dizer: “Vá a ‘tal’ Igreja Obreiros de Cristo e fale no meu nome”. “Use o meu nome e diga que eu o enviei”. Ou seja, a Igreja vai lhe receber por consideração a mim.

Neste caso eu estou sendo o mediador entre você e a Igreja citada, ou ainda, o elo entre vocês.

Você vai porque confia em mim que o enviou, e a Igreja o recebe porque confia em mim que o enviou. É exatamente isto o que acontece quando usamos o nome de Jesus. Ele disse: O que vocês pedirem em meu nome, eu farei. Jo 14.14 Me foi dado todo o poder nos céus e na terra, portanto ide e fazei discípulos batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mt 28.19,20

Jesus é o único mediador entre Deus e o homem.

Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. 2Tm 2.5

Deus não atende no nome de Buda, de Maomé, de Alan Kardec, de Maria, de João, do presidente da república, e nem no meu nome ou no de qualquer pastor, por melhor que seja. Nenhuma outra pessoa pode reivindicar este direito, somente Jesus, o Cristo, e Ele o conquistou na Cruz do Calvário.

A obra está concluída. Ele é o último, o único e o definitivo mediador. Em primeiro lugar Ele é o Apóstolo de Deus para a humanidade e em segundo é o Sumo Sacerdote da humanidade para Deus. Pois, tanto representa a humanidade perante Deus como representa Deus perante a humanidade.

Pelo que santos irmãos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus o apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão. Hb 3.1

Ele é o mediador que faz a ligação entre o céu e a terra (entre Deus e os homens). Se você crê nisto diga (confesse) comigo: Jesus é o único mediador entre Deus e os homens.

Nota: Quando você se apresentar a Igreja Obreiros de Cristo em meu nome será recebido e ouvido. O meu nome foi usado para que soubessem que você é meu conhecido e que eu confio em você.

É preciso entender que a mediação de Jesus não é para nos purificar do pecado, (pois isto já foi feito no Calvário), mas para apresentar cada um de nós ao Pai como aliançado e justificado por Ele.

Você pode dizer: sou pecador. E vou lhe responder: eu sei, e também sou, mas somos justificados e, a Bíblia diz: Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fossemos feito justiça de Deus. 2Co 5.21

Isto quer dizer que quando o cristão se aproxima da sala do Trono, Ele (Jesus) está sempre ali dizendo algo assim: “Pai, Doriel (Ele cita o nome da pessoa porque a conhece pelo nome) está aqui para lhe falar algo. Ele não está vindo pelos seus méritos ou justiça, mas porque confia em Mim. Ele está aqui em meu nome. Tenho certeza que o Senhor se lembra de quando fizemos uma festa no céu porque ele foi à frente fazer uma aliança comigo e se tornou um membro da minha Igreja, (ele faz parte da minha equipe, é um dos meus embaixadores) eu o ofereci acesso a aqui, e desde então ele tem Me representado na Terra. Ele tem alguma coisa para lhe pedir.

Penso que Paulo estava falando desse relacionamento quando disse: O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Fp 4.19

É tremendo o que Jesus fez e faz por nós, mas é preciso entender que Jesus não está orando por nós. Ele está é dando acesso, para que as nossas orações sejam ouvidas.

A Igreja precisa orar sabendo que as suas orações são ouvidas pelo Pai.

Os livros do Velho Testamento (Juízes, Samuel, Reis e Crônicas) estão constantemente denunciando o comportamento de Israel, dizendo mais ou menos, assim: “Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor e narra às conseqüências negativas. Depois mostra que o Senhor em nome da aliança feita com os patriarcas levanta algum salvador.

É comum ao lermos ficar indignado com aquele povo a ponto de comenta: “Que povinho ingrato parece que nunca aprende”. Entretanto se dermos espaço ao Espírito Santo, (mesmo sem acusar), Ele mostrará que fazemos o mesmo, e que cada um de nós já usou o plano B, C, D... talvez o alfabeto não tenha letras suficientes e tenha que usar o artifício de maiúsculas e minúsculas ou Arial, Itálica e etc.

Não somos diferente! Também somos aliançados e como eles carecemos da misericórdia de Deus. Satanás não tem tanta raiva de você quanto tem do Espírito Santo que mora em você e lhe convence do pecado da justiça e do juízo. Jo 16.8 Precisamos de um mediador.

Pedir em nome de Jesus significa dizer: eu sou aliançado com Ele e, tenho visto de entrada para a Sala do Trono. Tenho certeza de que serei atendido.

Pedir em nome de Jesus é ter fé nele. Quando Paulo disse: Somos mais que vencedores por aquele que nos amou. Rm 8.37 era disso que ele estava falando.

Dr. Lucas conta que certo sábado Jesus libertou numa sinagoga uma mulher que tinha um espírito que a mantinha doente há dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se. Após a mulher ter sido curada os dirigentes da sinagoga murmuraram indignados porque era sábado, e Jesus os repreendeu, dizendo: Hipócritas! Cada um de vocês não desamarra no sábado o seu boi ou jumento do estábulo e o leva dali para dar-lhe água? Então, esta mulher, uma filha de Abraão a quem Satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser liberta daquilo que a prendia. Lc 13.15,16

Depois da queda a humanidade basicamente precisava de duas coisas: Precisava de alguém que se colocasse entre ela (humanidade) e Deus para reconciliá-la com Ele. E também precisava de alguém que se colocasse entre ela (humanidade) e Satanás para separá-la dele.

Um para unir e outro para afastar. Um para restabelecer o domínio, o outro para quebrar o domínio. Precisamos de ambos, e Jesus fez ambos.

Esta revelação é muito importante porque ela dará muito mais poder as nossas orações e autoridade as nossas ações.

Amados, precisamos ser conhecidos nos céus para que os anjos do Senhor saibam que somos aliançados com Ele e nos ministrem. Hb 1.14

Mas, também precisamos ser conhecidos no inferno para que os demônios sabendo que somos aliançados com o Senhor Jesus nos respeitem e temam.

Sei que alguns vêm com desconfiança esta afirmação, portanto lembro o que aconteceu em Éfeso: Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: “Em nome de Jesus a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam!” Os que estavam fazendo isto eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?”

Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tanta violência que eles fugiram da casa nus e feridos. At 19.13-16

Portanto, estejamos convictos e compenetrados, que assim como o Senhor Deus enviou Jesus, Ele (Jesus) nos enviou. Assim como Jesus O representou com autoridade, responsabilidade, fidelidade e alegria, assim nos O representamos, pois assim como Ele foi recebido nos céus nós também seremos. Assim como Ele é um com o Pai, nós também somos. Ele é cabeça e nós somos Corpo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A pecadora e a bondade de Deus.

Parece estranho, mas a Bíblia mostra que os religiosos endureciam o coração e se mostravam intolerantes com o ministério de Jesus, enquanto os reconhecidamente pecadores se quebrantavam quando confrontados por Ele e procuravam de alguma forma, contribuir com o ministério Dele.

Isto aconteceu em Israel quando o judaísmo predominava e (de certa forma) governava a nação.

Será que conosco é diferente, mesmo vivendo em uma nação onde o cristianismo é predominante?

Penso que (em parte) Paulo estava se referindo a esta particularidade quando disse que “estas coisas foram escritas para aviso nosso, para que não fizéssemos a mesma coisa”. 1Co 10.11

Certo dia Jesus foi comer na casa de um fariseu chamado Simão o qual achava que a sua religiosidade o colocava em posição privilegiada perante Deus e que estava na condição de julgar outras pessoas.

Infelizmente, nos nossos dias, encontramos esta postura em alguns grupos que por questões doutrinarias julgam outros, agindo e ensinando que apenas aqueles que se submetem a doutrina deles estão salvos.

Esquecem que quem salva é Jesus. Trocam a obra do Calvário por tradição quanto ao comer, ao vestir, ou a maneira (a forma) de louvar, cultuar e adorar.

Amados, não é bom que seja assim. Vejam o que o Apóstolo Paulo disse: “Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, por que, como se ainda pertencessem a ele, vocês se submetem a regras: “Não manuseie!”, “Não prove!”, “Não toque!”? Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne”. Cl 2.20-23 NVI

Uma mulher entrou na casa de Simão quando eles estavam comendo. Lc 7.36-48

Lucas diz que era “uma pecadora”, o que provavelmente devia ser uma forma bastante educada de dizer que era uma prostituta. É obvio que ela não tinha sido convidada, e escandalizou a todos os presentes, exceto àquele que era realmente santo.

Nota: O nome dela não foi revelado, portanto poderia ser qualquer nome, inclusive o seu ou o meu.

A mulher tinha perdido a reputação, boa parte da virtude e, em termos gerais, estava quase completamente vazia por dentro – embora se embelezasse por fora.

Mas nem sempre fora assim, pois ninguém nasce desse jeito. Algo ou alguém a transformou numa prostituta. Houve um dia em que ela foi à filha querida de alguém, e (quem sabe?) alguém alimentou seus sonhos. Houve um dia em que, provavelmente, ela teve seus próprios sonhos. Mas isto fazia parte de um passado distante.

Fazia muito tempo ela não freqüentava um local de pessoas respeitáveis. Foi preciso muita coragem da parte dela para enfrentar os olhares e sussurros de reprovação daquele recinto.

Ela procurou os pés de Jesus. Ao contrario da maioria, que ainda hoje, só procura as mãos Dele, ou seja, só querem receber. E quando Jesus olhou para ela, em vez de desprezo, ela viu amor, e seus olhos se encheram de lágrimas e, não pediu nada, ao contrario, fez algo: ungiu os pés de Jesus.

Ela chorava e talvez estivesse pensando na forma como ganhou o dinheiro que gastou com o perfume. Talvez ela estivesse lembrando a garotinha que tinha sido um dia, ou estivesse pensando na distancia que havia entre o que tinha se tornado e o que desejava ser. De qualquer forma, em vez da cabeça, ela começou a ungir os pés de Jesus com uma mistura de perfume e lágrimas.

Então ela fez algo (ainda mais) inesperado: soltou os cabelos.

Nota: Isso não podia acontecer em um lugar respeitável, pois era uma violação das normas sociais; mulheres judias mantinham os cabelos presos em públicos.

Como prostituta, ela já tinha soltado os cabelos muitas vezes como um ato erótico, mas desta vez, tinha sido num gesto de admiração e respeito para enxugar os pés que ela tinha banhado e ungido (com lágrimas).

Ela havia soltado o cabelo mais uma vez. Só que esta foi à última vez. Agora ela tinha feito o que era certo. Seus dias de degradação estavam terminando.

Simão (o fariseu) não gostou disto e esperava que Jesus fosse chamar a atenção de todos recriminando essa mulher.

Antes de criticarmos a atitude de Simão, é bom perguntar como nós agiríamos se estivéssemos no lugar dele, que se sentia na obrigação de defender a reputação de sua casa.

Afinal, essa mulher era uma rejeitada pela sociedade e condenada pelos princípios religiosos e morais, porque tinha rebaixado e desafiado os padrões de fidelidade, e provavelmente, cooperado para a destruição de alguns lares. As causas que a levaram a degradação não serviam de desculpa para o padrão religioso de Simão, e os motivos que a levaram a prostituição não interessava a ele.

E você? Alguma vez já pensou nos motivos quando cruzou com uma garota de programa? Ou como Simão achou que uma palavra a favor da moral cabia ali?

Mas Jesus estava escandalosamente pronto a perdoar. Ele sabia de algo que a religiosidade de Simão (e provavelmente a nossa) não compreende: quando o arrependimento é sincero, o julgamento já aconteceu, e a absolvição vem a caminho.

Jesus mostrou para Simão (o religioso) que, embora ele tivesse deixado de dar água para Ele lavar os pés, ela os tinha lavado com as próprias lágrimas.

Embora Simão não tivesse lhe oferecido um beijo (lhe beijando a face como era costume na época), ela beijava os pés Dele repetidas vezes; Simão não tinha lhe oferecido nem mesmo um azeite barato para aliviar as dores dos seus pés, entretanto, ela os tinha ungido com um perfume caro.

Simão não poderia receber muito amor, porque estava preso a idéia de que não precisava de muito perdão. A simples idéia de sua superioridade moral e espiritual fez com que perdesse a noção de que também tinha defeitos e fraquezas e carecia da misericórdia Divina. E assim seu coração tinha se tornado menos amoroso e maleável do que o da pecadora que ele desprezava, julgava e condenava.

Entretanto a mulher sabia exatamente quem era (uma prostituta), e sabia que Jesus conhecia tudo a respeito dela e a amava mesmo assim. E com isso ela foi transformada.

A mulher não precisou parecer ser o que não era para ser aceita. Jesus a perdoou. Lc 7.48 Embora não esperasse receber nada em troca do que fez, ao contrario, temia não ser recebida e corria o risco de ser humilhada. Entretanto recebeu amor e foi tratada com dignidade. Jesus disse a ela: A tua fé te salvou; vai-te em paz.Lc 7.50

Surpreendendo Simão mais do que a seus convidados e a mulher mais do que a Simão. Com esta atitude Jesus estava dizendo: “Se você quiser me amar, ame também àqueles a quem amo. Tudo está incluído no mesmo pacote”.

Nota: Se você quiser demonstrar o seu amor por Jesus precisa amar ao seu próximo. Ele também faz parte do pacote.

Se quisermos levar a sério o nosso amor por Deus, precisamos começar a amar as pessoas. Todas as pessoas, e não apenas aquelas que são moralmente corretas e religiosamente santas. É preciso aprender a amar especialmente aqueles que o mundo costuma desprezar.

Mesmo o ser humano sendo imperfeito é capaz de produzir o amor que busca um valor e o amor que acrescenta um valor.

Esta verdade é extremamente importante. Herdamos isto. Desde a queda o ser humano nasce numa condição espiritual que chamamos de pecado original, e esta condição pode ser agravada pelas circunstancias, mas isto não é tudo. Cada um de nós acrescenta uma contribuição própria a esta condição de pecador.

· Preferimos mentir quando deveríamos dizer a verdade;

· Reclamar quando bastaria um pequeno elogio;

· E traímos (deliberadamente) mesmo quando fazemos voto de fidelidade.

Não é bom que seja assim.

Como uma gota de tinta que cai num copo d’água, o pecado se espalha por todo o nosso ser. Nossas palavras e pensamentos nunca estão livres dele. Somos pecadores sem dúvida alguma.

Deus conhece tudo sobre as nossas fraquezas e nos ama da mesma forma. Nossa degradação não é o que mais importa a nosso respeito.

Deus é bom e é esta convicção que o aproximará Dele.

Aviso Importante !

Favor Mencionar E-mail quando fizer seu comentário.
Deus abençoe