quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CONVICÇÃO

Jesus abriu mão da glória, do poder e da riqueza; abriu mão de privilégios inimagináveis, para nascer em um pequeno estábulo, filho de pais desconhecidos e pobres.

Ser criado em uma família de classe operária, trabalhar como carpinteiro, e depois ser mestre sem teto de um ministério itinerante que mais tarde também teve de abrir mão.

Reunido com os discípulos em torno de uma mesa, (que hoje chamamos mesa de comunhão), anunciou que abriria mão da própria vida em favor deles, e ensinou que o único modo de ganhar a vida é abrindo mão dela. Em seguida se deixou levar para uma cruz aonde clamou em alta voz:

Pai, em tuas mãos entrego meu espírito! Lc 23.46

Ao fazer isso, ele nos salvou e ensinou sobre confiança. E você, que confessa ser cristão (seguidor d’Ele) está disposto a abrir mão de que?

‘Certa vez um jovem rico se aproximou de Jesus e Ele lhe perguntou: “Você está disposto a se soltar? - Está disposto a abrir mão dos seus bens para me seguir?”

A prisão daquele jovem chama-se dinheiro.

E você, o que está lhe prendendo?

‘Jesus falou com uma mulher flagrada em adultério: Vá e não peque mais. Jo 8.11

E você, está disposto a abrir mão de um relacionamento que desonra o Senhor?

Sabe do que você precisa abrir mão? A resposta é simples: De qualquer coisa que o mantenha distante de Deus.

Abra mão de seu relacionamento (se ele desonra Deus);

Abra mão de seu apego ao dinheiro, (se ele o faz egoísta, mesquinho ou avarento);

Abra mão de seu poder, (se ele o impede de ser servo);

Abra mão de seu vício - admitindo e buscando ajuda;

Abra mão daquele hábito (que você sabe) que desagrada a Deus;

Abra mão daquele ressentimento;

Abra mão de seu ego, de seu orgulho, de sua reputação, e da sua desobediência.

Saia do escuro.

Depois que você abrir mão (destas coisas), Deus lhe dirá: “Agora espere”.

Ninguém gosta de esperar.

O que você faz quando espera? Fica preocupado, ansioso, irritado, murmura; rói unhas, arranca os cabelos ou agride quem está por perto?

Abraão caiu no “Agar” de Sara quando esperava o filho da promessa;

Os israelitas atravessaram o deserto choramingando (e murmurando) ao esperar quarenta anos pela terra prometida;

Gideão levantou sedo para conferir a lã, e ver se Deus falava sério ou se tudo não passava de conversa fiada.

Você já imaginou como foi à espera dos discípulos desde à tarde da Sexta-feira da Paixão até a manhã do Domingo de Páscoa?

A fé sempre envolve espera e nunca se resume a uma questão intelectual.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

FESTA DOS TABERNÁCULOS

A festa do tabernáculo é uma celebração da glória de Deus. Para você entender esta festa é preciso compreender que a glória de Deus é a manifestação tangível da presença d’Ele. Sabemos que Ele está sempre presente em todo lugar, mas há certos momentos em que Ele revela a Sua presença de uma forma que é discernível aos nossos sentidos.

O propósito da Festa de Tabernáculo é recordar as experiências com a glória de Deus no passado, buscar a face d’El clamando por um novo derramar e na família, na Igreja e na nação.

Uma leitura criteriosa vai mostrar que a Bíblia fala em cinco modelos (distintos) de tabernáculo onde a glória de Deus se manifestou. Num sentido amplo, esta Festa inclui a celebração desses cinco tabernáculos.

O primeiro é o tabernáculo de Moisés. Êx 40.33-35 Quando ele foi construído a Glória do Senhor encheu o tabernáculo e habitou no meio do povo e eles tiveram uma provisão perfeita. Deus atendeu a todas as suas necessidades. O maná caía do céu (todos os dias) para alimentá-los. As roupas e os sapatos não se desgastaram.

Tinham uma proteção completa. Todo inimigo que vinha contra eles era derrotado. Eles gozavam de total saúde. Nenhum deles ficou fraco, doente ou enfermo. A glória de Deus trouxe a benção do Senhor.

O segundo tabernáculo é o tabernáculo de Davi, onde a Arca da Aliança era rodeada de adoração continua, (24 horas por dia, sete dias por semana), durante todos os anos de sua existência. Neste tabernáculo não havia véu de separação e a glória de Deus estava à vista de todos (homens, mulheres e crianças). As bênçãos de Deus foram derramadas e Israel desfrutou uma incrível prosperidade e vitória sobre o inimigo.

O terceiro tabernáculo é Jesus.

E o Verbo se fez carne, e habitou [num tabernáculo, o corpo] entre nós, e vimos a sua glória, [...] Jo 1.14

Em Jesus, Deus habitou por um pouco tempo entre o Seu povo e manifestou a Sua glória, liberando vida, cura, salvação e libertação!

O quarto tabernáculo é a Igreja que é descrita em Atos como sendo a restauração do tabernáculo de Davi At 16,17 A intenção de Deus é que a Igreja seja o lugar onde a Sua glória seja entronizada pela adoração. Quando a Igreja desempenha o seu chamado, a glória habita em nosso meio e grandes bênçãos são liberadas.

O quinto é o tabernáculo eterno.

Ouvi uma forte voz que vinha do Trono e dizia: “agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. Ap 21.3,4

Isto é bênção continua. Todos os cinco tabernáculos têm em comum a presença da glória de Deus.

Sobre toda a glória de Deus se estenderá um tabernáculo. Is 4.5

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dúvida

É interessante que as últimas palavras usadas por Mateus no seu evangelho para descrever os discípulos tenha sido: Quando o viram, o adoraram, mas alguns duvidaram. Mt 28.17

Os onze seguiram a Jesus durante três anos. O viram realizar milagres (de cura, libertação e até ressuscitar mortos), ouviram e se maravilharam com seus ensinamentos. Depois o viram crucificado e ressurreto, e a última coisa que lemos sobre eles é: Mas alguns duvidaram. Mt 28.17

Estes discípulos, (que mais tarde foram chamados de cristãos, ou seja, pequenos Cristos), são as primícias dos crentes da igreja atual. E o interessante é que esta característica nos acompanha. Somos “crente bipolar”, pois vivemos entre a adoração e a dúvida; a confiança e o questionamento; a esperança e a preocupação.

Quando Jesus confiou aos discípulos à chamada Grande Comissão, enviando-os para serem os seus agentes no mundo, deve ter olhado para aqueles adoradores cheios de dúvidas, antes de dizer: Vão! Mesmo cheios de dúvidas vocês mudarão o mundo por mim. Jesus sabia que à medida que eles avançassem as dúvidas seriam sanadas.

Discípulos não são pessoas que jamais duvidam. Eles duvidam e adoram. (Duvidam e pregam. Duvidam e evangelizam. Duvidam, mas dão um bom testemunho). Duvidam e ajudam uns aos outros em suas dúvidas. Duvidam e são fieis. Duvidam mas têm esperança.

Nota: Será que você é diferente? Amado você duvida porque é normal.

De vez em quando a dúvida faz bem para nós. Pode nos motivar a estudar e aprender. (Pode diminuir nossa arrogância. Pode nos fazer pisar no freio). Pode nos lembra de quanto à verdade é importante.

No entanto a dúvida também pode fazer mal; ela azeda como leite estragado, e é capaz de infiltrar-se na mente, parar a vontade, bloqueando a coragem e a devoção. Consegue prejudicar nossa capacidade de persistir, nos tornando indecisos, e corroendo a confiança.

Fazendo uma analogia. Assim como o colesterol pode ser bom (HDL) e ou ruim (LDL), da mesma forma a dúvida pode ser boa ou ruim. Assim como o colesterol pode ser fatal para a saúde, a dúvida (quando mal administrada) pode ser fatal para a fé.

A dúvida boa é aquela que nos tira da comodidade proporcionada pela segurança e nos faz vigiar.

‘Certa vez fui procurado por um ex-membro (da Igreja Obreiros de Cristo em Imbiribeira), com uma apostila que defendia a doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre”. Ele queria a minha opinião, (ou melhor, queria uma discussão teológica), mas me limitei a fazer a seguinte pergunta: “Esta certeza vai lhe edificar, santificar ou liberar para atender os anseios carnais?” Ele ficou pensando e não voltou a falara comigo sobre o assunto.

‘Eu sabia que ele tinha um relacionamento fora do casamento e penso que estava procurando apoio para isto. Algumas pessoas gostam de se enganar e abraçam qualquer doutrina que justifique suas atitudes. Não querem mudar, mas querem apoio.

Não há caminho para Deus que ignore a santidade. Você pode ter muitas dúvidas teológicas (intelectuais) e é importante ser sincero em relação a elas, (conversar sobre elas), orar e examinar as Escrituras.

Todavia, confessar, orar e estudar, não afasta a necessidade de escolher. É preciso se posicionar. É preciso identificar o que está lhe segurando. Solte-se do egoísmo. Solte-se do medo. Saia da escuridão. Faça a escolha certa, e a escolha certa é Jesus.

Acredite n’Ele ou não. Um dia, (independente da sua vontade), a vida se soltará de você. (Comigo acontecerá à mesma coisa). Portanto a verdadeira questão é: O que acontece em seguida? Esta dúvida pode direcionar sua vida.

Alguns acreditam que será o fim. Que não existe nada além da morte. Pensam que o que chamamos de alma não passa de neurônios que deixarão de trocar impulso, e nada mais. Os seis trilhões de átomos que foram utilizados por seu corpo se transformarão em adubo e que você é simplesmente isso.

Jesus, no entanto, dizia que existe um Criador e que há vida após a morte. Mesmo assim, (alguns crentes), ficam “em cima do muro” e crêem na ressurreição de forma abstrata, como se fosse uma idéia.

As dúvidas mais comuns podem ser divididas em três categorias.

A primeira está relacionada a provas. Às vezes gostaríamos que houvesse o mesmo tipo de prova da existência de Deus que há a respeito do fígado, do sarampo ou da diabete.

A segunda está relacionada aos próprios crentes. Por que não somos melhores? Porque os crentes se envolvem em todo tipo de confusão. De cruzada a inquisição. Faz politicagem, manipulação e exploraram uns aos outros. Roubam e fazem todo tipo de discriminação, (às vezes em nome de Deus).

Se o que Jesus disse é verdadeiro porque não amamos o próximo que foge do nosso padrão? E por que alguns crentes podem ser negativos, críticos, hipócritas, mesquinhos e vingativos?

A terceira categoria está relacionada ao problema da dor. Por que Deus não explica o que está acontecendo (ou, melhor ainda, por que não lhe dá um basta), e tantos inocentes sofrem.

Todos já fomos confrontados por essas dúvidas. Como você administrou isto? Como Pascal disse: “Há luz suficiente para quem quer ver e escuridão suficiente para quem crê diferente.”

‘Um crente que não tinha um bom testemunho ao ser confrontado: “Como você pode ser crente e comportar-se tão mal, ser tão mesquinho, tão egoísta e aproveitador?” Ele respondeu: “Imagine só se eu não fosse crente.”

Cinismo ou realidade? Qual a sua opinião?

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Deus abençoe