segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Glória de Deus

Embora alguns não possam reconhecer Jo 1.11 todos viram a glória de Deus, pois as trevas não podem esconder a luz.

Jesus veio nos mostrar uma glória diferente da glória humana. Não era o tipo de glória que tem o homem mais forte, mais bonito ou mais aceito, nem o campeão olímpico de qualquer modalidade ou aquele que quebrou recorde, ganhou medalhas, ou conquistou um lugar de destaque na política, esportes ou artes. Muito menos o ganhador do premio Nobel, Oscar ou algo parecido.

Deus entende a glória de maneira diferente de nós. Há provas disso no VT. O livro de Êxodo conta que depois de Moisés implorar a Deus para não abandonar Israel porque o povo estava adorando um bezerro de ouro, fez um pedido para si mesmo: Rogo-te que me mostres a tua glória. Êx 33.18

Moisés ansiava por ver a gloria de Deus. E Deus concordou em revelar sua glória a Moisés. O que será que Moisés esperava ver? O que você (cristão do século XXI) pensa que é a glória de Deus.

Os religiosos daquela época se confundiram porque tinham uma imagem distorcida da glória de Deus. Os gregos representavam a gloria dos seus deuses através de fenômenos da natureza como raios e trovões; terremotos e maremotos. No diálogo no monte da tentação ficamos com a impressão que seria uma demonstração de força e poder na forma cinematográfica, como: transformar pedras em pães ou voar sobre o pináculo do templo. Mt 4.2-7

Deus respondeu a Moisés de forma desconcertante e surpreendente: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti. Êx 33.18

É isso. Essa é a glória suprema de Deus. Não o braço forte nem o terrível golpe de espada, embora isso, também faça parte dele. O que é mais glorioso a respeito de Deus não é a força, poder, coragem, majestade ou magnificência, embora eles sejam grandes. O mais glorioso a respeito de Deus é a sua absoluta e inabalável bondade. Contudo, para ter uma visão completa do que isso significa o homem teve de esperar até conhecer um carpinteiro da Galiléia.

Além de ver Jesus como Salvador é preciso acostumar a vê-lo também como Mestre. O Mestre ensinou sobre esse assunto usando a graça como exemplo na parábola do filho pródigo. Lc 15.11-32

Quando o filho esbanjador estava longe de casa, e se distraía em festas gastando dinheiro com amigos, mulheres, bebidas, (é o que Jesus chamou de vida dissoluta). Um dia ele acordou sem dinheiro e abandonado pelos supostos amigos, e a escassez se abateu sobre a terra. Em pouco tempo, ele passou a viver na pobreza, foi trabalhar cuidando de porcos e sentia vontade de comer o alimento que dava aos porcos.

Muitos crentes que conheço diriam que ele estava na prova sem perceber que a necessidade o colou de joelhos e fez com que recobrasse o juízo. Não foi a visita de amigos (ao estilo da história de Jó), não foi uma pregação poderosa ou qualquer tipo de conselho que o quebrantou, mas a dificuldade. Isso é a graça. (Embora nem todos vejam desta forma), não tenho dúvida, Jesus estava falando em graça.

A forma como a parábola é conduzida mostra que o pai não procurou o filho enquanto ele permanecia longe e esbanjava dinheiro numa vida dissoluta e nem quando passou necessidades, mas quando quis voltar. A necessidade o fez cair em si e arrepender-se querendo voltar. Embora quisesse fazer algo para merecer a graça do pai não foi preciso.

Nota: Podemos definir graça como tudo o que puder ajudar alguém a voltar para casa e se entregar ao amor do Pai. Portanto, se você não quiser voltar para casa, está dizendo ao Pai que não quer Sua graça, que não precisa de Sua bondade nem quer ver a Sua glória. Pense nisso quando estiver argumentando: “Vou dar um tempo” ou “ainda não chegou a hora”.

Quando o filho estava se divertindo à toa, o que ele mais precisava (para voltar para casa) era sofrer. Por isso, o sofrimento foi uma graça que ele recebeu de presente. Depois, quando estava sofrendo, o que ele mais precisava era ser recebido de volta em casa. Assim, a festa também foi uma graça.

Nota: O Evangelho de Lucas diz que há uma festa no céu quando um pecador se converte.

Esta parábola também deixa a interrogação de como seria o destino do filho pródigo se não existisse um ato de graça e em vez disso o pai procurasse o filho mais velho dizendo: “Por toda a sua dedicação, pelos anos de trabalho no campo, vou mandar matar um bezerro cevado e fazer uma festa para você. Vista a túnica e use o meu anel. Receba o que você fez por merecer”.

É assim que queremos que seja, pois é assim que o mundo ensina que é, e é assim que a sociedade cobra que seja. Mas Jesus não ensinou dessa forma.

Quem é o seu mestre? Você está bebendo de que poço?

O filho mais velho estava no campo, quando chegou perto de casa, soube o que estava acontecendo e despejou seu ressentimento. O pai abriu o coração dizendo: “você sempre esteve aqui comigo e tudo o que é meu é seu, mas o seu irmão estava morto e voltou a vida, por isso também me alegro por ele”.

Ficamos porem, esperando pelo fim da historia. O que o irmão mais velho vai fazer: participar da festa ou exigir a sua parte e ganhar o mundo? Jesus nunca chegou a dizer. Ele deliberadamente deixa a história inacabada, pois esta parábola também se refere aqueles que se acham merecedores da graça de Deus por causa da sua religiosidade e, encarnam a postura do irmão mais velho.

Aquele que está dentro da igreja e rejeita os que estão afastados. Aquele que julga e hostiliza os que estão voltando e têm que enfrentar os olhares desconfiados e acusadores.

Nota: Existe uma turma que está tão cheia de si mesmo que não há lugar para a graça e por isso não pode ver (e se vê não reconhece) a glória de Deus. Para estes a história só terá um fim quando entenderem que precisam tanta graça quanto os filhos pródigos.

A inveja é o veneno daqueles que acham que não foram escolhidos, querem o que o outro tem e sentem-se mal por não terem. A inveja é perigosa porque vai contra o outro. Pecados como a ganância e a luxúria procuram satisfazer os próprios desejos. A inveja não busca apenas suprir o próprio prazer, mas diminuir o prazer de quem é invejado.

Esta parábola foi escrita para advertir aqueles que são rebeldes, esbanjadores e procuram a felicidade nos prazeres carnais e por isso saem da casa do pai, mas também (e principalmente) para aqueles que são enlaçados pela inveja.

A minha oração é que você possa escrever o final dessa história, não com tinta, mas com o Espírito de Deus, não em papel, mas no coração e no entendimento.

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