quarta-feira, 2 de março de 2011

CARNAVAL

O carnaval é um conjunto de festividades populares, regidas pelo calendário lunar, que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o inicio da Quaresma. Embora, apresente características distintas, nas cidades em que se popularizou, o carnaval está centrado no disfarce, na música, na dança e o seu foco é a busca incessante do prazer carnal através da sensualidade, da bebida e do sexo.

A origem do carnaval é um assunto controverso, pois alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos, e afirmam que já existiam comemorações parecidas, nas sociedades grego-romanas e egípcias, outros argumentam que o verdadeiro carnaval nasceu na Idade Média com o surgimento da ‘Quaresma’ criada pela Igreja Católica.

O papa Gregório I definiu que, num período do ano, os fieis deveriam se dedicar exclusivamente às questões espirituais. Seriam 40 dias em que se deveria evitar o sexo, carnes vermelhas e festas. Anos mais tarde, a irmandade católica definiu as datas da chamada Quaresma, e o primeiro dia dela se chamaria Quarta-Feira de Cinzas.

Aconteceu que os dias, antes dessa quarta-feira, começaram a ser de intenso consumo de carnes, bebidas e fastas. As ruas enchiam-se de gente fazendo exageradamente tudo aquilo que não se podia fazer durante a Quaresma. A esse período deu-se o nome de ‘adeus à carne’, ou ‘carne vale’ (em italiano), que, depois passou a ser ‘carnavale’.

Nota: A palavra passou a ser sinônimo do que seria uma espécie de antônimo da Quaresma.

As pessoas se preparavam para esse período de festas e apelos carnais com mascaras, fantasias e o consideravam como o ‘bota-fora’ para a Quaresma. Também eram apresentadas peças teatrais onde o ‘senhor carnaval’ lutava com a ‘dona quaresma’.

Com o passar do tempo essas festas, antes da Quaresma, tornaram-se mais elaboradas, e passaram a ser apoiadas, não oficialmente, pela própria igreja, que dessa maneira podia cobrar mais rigor religioso no período pós-folia.

No período iluminista até operas celebravam o carnaval italiano, e os mascarados andavam por toda a parte em Veneza. Na França, o rei Luis XIV comandava, ele próprio, bailes nos salões reais.

Em geral, o carnaval tem a duração de três dias que antecedem a Quarta-Feira de Cinzas. Pelo contraste com a Quaresma (tempo de penitência e privações), estes dias são chamados de ‘gordos’ em especial a terça-feira – terça-feira ‘gorda’.

Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que quisessem e as restrições morais eram relaxadas. Um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas.

Mas a invenção do carnaval organizado, com os bailes de mascaras, ricas fantasias e os carros alegóricos, aconteceu em Paris em 1830. Os donos do poder perceberam que os prazeres propiciavam lucrativas negociações, e se interessaram em patrocinar os maiores bailes a fantasia e surgiu a noção de mistura entre as classes sociais. Foi esse modelo adotado no Brasil.

O carnaval apoiado pela mídia e pelo poder público, (com raras exceções), tem influenciado de forma negativa a nossa sociedade – tem sido um atentado ao pudor, as famílias e aos princípios cristãos.

Pelo que vemos acontecer, o ‘senhor carnaval’ está vencendo a luta contra a ‘dona quaresma’.

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