sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Regra Áurea do Novo Testamento



Não seria exagero dizer que esta é a regra Áurea do Novo Testamento: “façam aos outros o que gostariam que fizessem para você”; e que (esta regra) é o resumo do que todos, no íntimo, sempre reconheceram como correto.
Todos sabem que isto é certo, independente da religião que professe ou até mesmo negue.
É interessante, saber que o cristianismo nunca possuiu, (nem pretendeu possuir), um programa detalhado para aplicar, (esta regra de ouro), o “faça aos outros o que gostaria que fizessem para você” a uma determinada sociedade ou a um momento particular.
Nem poderia ser diferente. Pois, ele se dirige a todos os homens de todos os tempos; e um programa especifico, que fosse cabível para um lugar ou uma época, não o seria para outros.
E de qualquer modo, é assim que o cristianismo funciona. Quando nos manda alimentar os famintos, não nos dá aulas de culinária. Quando nos exorta a ler as Escrituras, não ministra aulas de hebraico, grego nem mesmo de gramática portuguesa.
Nunca teve a intenção de substituir ou destituir as artes e ciências, ao contrario, tem a pretensão de destiná-las às suas funções corretas, e lhes dar uma nova vida na medida em que elas são colocadas à sua disposição.
Algumas pessoas dizem: “A Igreja deve tomar a dianteira das ações sociais”. Isso, (somente), é verdade se, estas pessoas, entenderem por “Igreja”, o corpo formado por todos os membros, (da referida igreja).
E, quando dizem que a Igreja deve tomar à dianteira, devem querer dizer com isso que alguns membros (os que possuem o talento apropriado) devem ocupar cargos públicos ou privados (digo, os economistas, os administradores, os políticos, os educadores, os comerciantes, etc.) e que todos eles devem se esforçar, (onde quer que estejam), para pôr em pratica o “façam aos outros o que gostariam que fizessem para você”.
Se isso se tornasse realidade, e se a igreja (como corpo) tivesse essa visão e a praticasse, encontraríamos soluções cristãs para nossos problemas sociais (com bastante rapidez).
É claro, porém, que, quando estas pessoas pedem que a igreja tome à dianteira, querem mesmo é que a liderança (da igreja) estabeleça um programa especifico, o que, (na minha ótica), é tolice.
A liderança, dentro da igreja, é composta pelas pessoas que foram chamadas, (capacitadas e destacadas), para cuidar dos assuntos espirituais, e não devemos pedir que se dediquem a uma função diferente, da qual não foram chamadas e nem capacitadas. Essa função cabe ao corpo (formado pelos leigos).
Para ficar mais claro, cabe aos membros praticantes, que abraçam profissões seculares querendo (ou entendendo), que este é o ministério que Deus separou para eles. O medico é um bom exemplo; o educador é outro; o agente policial também é um bom exemplo.
Quando a Igreja Primitiva enfrentou este problema não hesitou, e:
Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Irmãos escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”. At 6.2-4
A aplicação de princípios cristãos no governo, nas empresas, repartições, nos sindicatos ou nas escolas, por exemplo, deve ser feita por membros determinados e compenetrados (que podem fazer diferença), sejam eles administradores, funcionários públicos, políticos, educadores, ou empresários.
Do mesmo modo, que o ministério de louvor e adoração (da igreja), é formado por músicos e cantores treinados e dedicados, assim como o coral é regido por um maestro e não por um concilio de pastores.
Nada impede que o líder tenha uma formação secular (e seja advogado, administrador, educador, político, ou músico). O importante é como ele pratica a regra Áurea do NT (façam aos outros o que gostariam que fizessem para você), transformando seus talentos em dons.

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