terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sucesso

O segredo do sucesso está em saber o que descartar. Se você ainda não vive da forma que sabe que a vida deve ser vivida é porque ainda não descartou algumas coisas como desejos e hábitos que exercem influencia negativa. Terá de identificar e se livrar deles.

Portanto, corte a corda e descarte tudo que o atrapalha. Na vida o segredo está em saber o que descartar. Talvez a corda seja o medo, a dúvida, a comodidade, o sentimento mal orientado de religiosidade ou de inadequação.

Quando Deus chamou Moisés para liderar o povo na libertação da escravidão no Egito, Moisés demonstrou estar preso por algumas cordas, e parecia não querer sair do seu lugar, pois questionou:

Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito? Deus afirmou: “Eu estarei com você. Êx 3.11,12

Ao dizer: “Eu estarei com você”, o Senhor estava colocando o ponto final da questão, mas Moisés insistiu argumentando:

E se eles não acreditarem em mim nem quiserem me ouvir? Êx 4.1

Moisés não queria cortar a corda, então o Senhor o colocou numa situação difícil (aparentemente sem saída).

Então o Senhor lhe perguntou: “Que é isso em sua mão?” “Uma vara”, respondeu ele. Disse o Senhor: “Jogue-a no chão”. Moisés jogou-a, e ela se transformou numa serpente. Moisés fugiu dela, mas o Senhor lhe disse: “Estenda a mão e pegue-a pela cauda”. Moisés estendeu a mão, pegou a serpente e esta se transformou numa vara em sua mão. Êx 4.2-4 NVI

Imagine a cena:

‘Moisés estava num monte onde além do terreno ser inclinado era cheio de pedregulho, calçado com sandálias de couro, e tendo uma vara na mão para se apoiar (equilibrar). Então essa vara que o apoiava (sustentava) se transformou numa serpente que passa a persegui-lo. Pense no desespero de Moisés. Quantos escorregões e quantas quedas, e ajuda que recebeu foi: “Estenda a mão e pegue-a pela cauda”. Observe que este “estenda a mão”, não é para puxá-lo colocando-o num lugar seguro. É para pegar na cauda da serpente.

Honestamente, o que você espera acontecer se pegar no rabo de uma cobra? A resposta é: Uma boa mordida! Você não se arriscaria a pegar na cauda de uma serpente. Moisés também não, mas o desespero era tão grande que ele não raciocinou e pegou. Aí algo extraordinário aconteceu, e a serpente voltou a ser uma vara de apoio na mão de Moisés. Daí em diante ela deixou de ser uma vara comum, pois a Bíblia passou a se referir a ela como a vara de Moisés. A vara de Moisés que tocou nas águas do Nilo e as transformou em sangue, que abriu o mar vermelho e que tirou água da rocha’.

Nota: Tem muita gente por aí (literalmente) pegando serpente pela cauda, para aprender quem é Deus.

Mesmo assim Moisés ainda reclamou, dizendo:

“Ó Senhor! Nunca tive facilidade de falar, nem no passado nem agora que falaste ao teu servo. Não consigo falar bem!” Disse-lhe o Senhor: “Quem deu a boca ao homem? Quem o fez surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer. Respondeu-lhe, porém, Moisés: “Ah, Senhor! “Peço-te que envieis outra pessoa”. Êx 4.10-13 NVI

Moisés não acreditava que seus dons fossem adequados para o desafio. Pode ser que tivesse em mente outros lideres, mais articulados e carismáticos. Talvez a imagem que fazia de si mesmo como um líder gago o deixasse vacilante e o impedisse de ser o vaso que Deus procurava. Moisés teria de se desfazer da necessidade de segurança e proteção. Precisava descartar o medo do ridículo. Cuidado! Pode ser que a tirania do ridículo também esteja querendo lhe diminuir, pois a opinião dos outros está lhe prendendo, e você sempre fica preocupado com o que os outros vão pensar de você.

Nota: Se este for o seu caso corte a corda, liberte-se, e viva a vida como ela deve ser vivida. Seja você mesmo e não rejeite o que Deus lhe deu.

Um dia, um jovem pastor de ovelhas, que haveria de se transformar no rei Davi, quis lutar contra o gigante Golias que ameaçava seu povo. Davi tinha coragem, visão e audácia. Mas também tinha um irmão mais velho chamado Eliabe, que tentou demovê-lo dessa idéia durante uma conversa.

Porque você veio até aqui? Com quem deixou aquelas poucas ovelhas no deserto? Sei que você é presunçoso e que o seu coração é mau. 1Sm 17.28

Por que Eliabe disse isso ao seu irmão mais novo? Talvez quisesse protegê-lo, mas também pode ser que tivesse ciúmes da sua coragem, e a audácia de Davi o deixava envergonhado do próprio medo secreto. O irmão mais velho se sentia diminuído com a grandeza da atitude do irmão mais novo.

Fosse qual fosse o motivo, Eliabe era uma corda que prendia Davi, e ele teve de decidir sozinho, que apaziguar-se com o irmão mais velho, não era o objetivo maior de sua vida. Davi precisou cortar essa corda.

Às vezes a corda é um erro ou fracasso do passado, mas também pode ser um hábito, um desejo, um vicio, e até mesmo o conforto ou a preguiça. A liberdade começa dando nome a corda.

Especialistas costumam se referir a esse processo, de cortar a corda, como a busca do “desprendimento”. Essa palavra a principio confunde porque parece implicar distanciamento ou falta de compromisso com a vida. Mas, na verdade, é justamente o contrario.

Desprendimento não significa ser neutro, passivo, ou um zumbi emocional. Significa estar, de tal modo, comprometido com a obra de Deus. Que procura se afastar de tudo que possa servir de armadilha. Por exemplo, uma mulher solteira que quer se casar. Embora seja um desejo legitimo e muito bom, quando se transforma em desespero, precisa ser descartado.

Às vezes nossas cordas são invisíveis para nós, e nos melindramos quando outros falam dela. Existe um grupo que prefere se queixar das cordas a desatá-las. Esse grupo é formado por aqueles que gostam do status de vitima que acompanha seus protestos contra a corda.

Nota: Infelizmente tem gente que gosta de ser vitima, de ser considerado o coitadinho. Gosta que os outros tenham pena dela. Neste caso a corda está no pescoço.

Às vezes escondemos as verdadeiras cordas debaixo de desculpas. Jesus contou uma parábola sobre um homem que envia convites para um grande banquete. Uma após a outra, as pessoas se desculpam dizendo que não poderão comparecer. Uma se justifica:

Acabei de comprar uma propriedade, e preciso vê-la. Outro diz: Acabei de comprar uma junta de bois e estou indo experimentá-las. LC 14.15.24

Estas desculpas são espúrias, (são simuladas ou falsas). É o equivalente a alguém dizer hoje em dia: “Acabo de comprar uma casa que ainda nem vi, preciso ir inspecioná-la para ver se vale o que paguei”, ou “Acabo de gastar uma fortuna comprando um carro pelo telefone, agora tenho que dar uma olhada nele. Vou fazer um teste drive”.

A verdadeira resistência daquelas pessoas à idéia de comparecerem ao banquete (entenda-se de honrarem a Deus com suas vidas) era algo mais profundo do gostariam de revelar.

Jesus, o Mestre dos mestres, compreende o funcionamento da natureza humana. E sabe que, com grande freqüência, a razão que damos para não fazer algo, não é o verdadeiro motivo da nossa rejeição.

Às vezes nem nós sabemos o que de fato há por trás da nossa resistência. Por isso, uma pergunta bastante útil pode ser: “Se a circunstancia a que estou me referindo fosse outra, eu tomaria uma decisão diferente? Se não tivesse comprado uma propriedade, eu iria realmente ao banquete?”

Um dia um jovem rico chegou para Jesus e pediu-lhe conselhos sobre a vida eterna. Após uma breve conversa, Jesus ofereceu-lhe uma via de escape:

Vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me. Mt 19.16-22

O jovem foi embora triste. Estava amarrado a Terra por um cordão de ouro e não conseguia desatá-lo. Às vezes estamos tão acomodados que mesmo depois de identificar as cordas não conseguimos desatá-las, e quando conseguimos reunir coragem suficiente para desatá-las elas voltar a se atarem sozinhas. Por exemplo:

‘Resolvo fazer uma dieta que é necessária para a minha saúde e para a minha aparência, embora esteja constantemente falando sobre essa necessidade nunca faço a dieta. Às vezes até começo, mas desisto antes de alcançar o objetivo desejado’.

Às vezes você precisa desatar a corda todos os dias. O que é preciso para desatar uma corda? Dar nome a corda é necessário, mas não é o suficiente. Para cortar determinadas cordas é preciso planejar o que vai fazer, pôr os pés no chão e as mãos na massa. Exemplo:

‘Uma determinada pessoa tinha consciência de que sua corda era o vicio em trabalho. Isso o impedia de realizar o tipo de casamento e paternidade que desejava e que sabia que a sua família precisava. Para muitos o trabalho alimenta o ego de tal forma que se torna uma corda.

Esta pessoa tomou uma decisão: todos os dias sairia do trabalho às 17 horas. Reconhecia que se não tivesse um horário preestabelecido para sair, frustraria seu propósito, a sua mulher e os seus filhos ficariam esperando por ele em sua casa.

Precisava cortar a corda e o modo que escolheu para isso foi estipulando um horário fixo de saída’.

A ação especifica que você escolhe não precisa ser brilhante. Mas, precisa ser concreta. Algumas vezes vai lhe custar alguma coisa, outras será apenas um lembrete, a via de escape, mas todas apontarão na direção do domínio próprio, e quem não tem domínio próprio, tem um demônio próprio.

O meu conselho é que você ore pedindo ajuda ao Espírito Santo para que lhe ajude a identificar as cordas que o estão amarrando. Dê nome a elas e faça algo concreto no sentido de cortá-las. Seja livre e viva a vida como Deus deseja que você a viva.

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