segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ARREPENDIMENTO


É interessante que Jesus não inicia o Sermão do Monte com regras de moralidade, mas com boas novas para falar direto ás necessidades da alma (Mt 5.3-12)

Bem-aventurados não são apenas os vencedores a quem a sociedade diz que são bem-aventurados. Bem-aventurados não são apenas os astros "globais"; não são apenas os ricos e poderosos. Bem-aventurados também as pessoas comuns, aquelas anônimas que ninguém olha com admiração e nem elogia o seu desempenho.

Bem-aventurados são todos aqueles que se arrependem e buscam no Senhor a solução, sejam solteiros, casados, viúvos, mães solteiras, divorciados, ou envergonhados

Bem-aventurado é você, não porque pode ter todos os desejos satisfeitos, mas porque você não é apenas seus desejos. Bem-aventurado é você por ser mais do que um estômago, uma boca e um par de olhos. Bem-aventurado é você porque aquilo pelo que de fato anseia é ser amado por Deus e conectar-se com Ele.

Jesus prosseguiu dizendo que o amor, a vida e a conexão são seus se você os desejar por intermédio d’Ele. Você aceita? Ou melhor você se submete?

O par de olhos que você jamais pode fitar é o seu. Há parte de seu corpo que você nunca verá sem um espelho, câmera ou ajuda externa. O mesmo acontece com a alma. Em certo sentido, você se conhece melhor do que qualquer pessoa do mundo, pois só você conhece seus pensamentos.

Em outro sentido, você se conhece pior do que qualquer outra pessoa. Há um eu que você não é capaz de ver, (assim como existe um “eu” que não sou capaz de ver). Todos têm propensão à auto-satisfação. Reivindicamos crédito demais e culpa de menos.

Sofremos de erro de atribuição fundamental. Ao ver em você um mau comportamento, eu o atribuo a seus defeitos de caráter. Quando acontece comigo, atribuo as circunstancias extraordinariamente difíceis.

Por exemplo: Quando você grita com seu filho, (penso ou digo) que você tem problemas de controlar a raiva. Quando eu grito, (com meu filho), justifico (aos outros ou a mim mesmo), que a culpa é dele que não se comporta direito.

Fora do fluir do Espírito Santo, não somos capazes nem mesmo de enxergar nosso pecado. O mal e a injustiça não penetram a mente com força suficiente para levá-lo a agir. Precisamos do Ajudador. Com Ele tudo fluirá.

Jesus disse que, quando o Espírito Santo viesse, convenceria as pessoas do pecado. Esse convencimento, contudo, não é a mesma coisa que ser "pego". Às vezes as pessoas são flagradas fazendo algo errado e sentem dor. Mas a dor não é necessariamente convencimento de pecado. Elas podem estar apenas constrangidas por terem sido pegas.

Nota: Às vezes a dor é reflexo do que os outros estão pensando a respeito delas. Se ninguém soubesse não experimentariam essa dor e talvez continuassem fazendo o mesmo.

Quando Deus atua em mim, no entanto, a dor não tem a ver com as pessoas saberem ou com as conseqüências do que faço. Tudo isso é externo. A dor do convencimento é interna. Tem a ver com o que sou.

Arrepender-se do pecado nunca é desesperar-se. O arrependimento sempre acontece em esperança. A culpa pode ser um ponto de parada importante, mas nunca deve ser o fim da linha. Levamos o carro ao mecânico para a revisão e não para culpá-lo por não andar direito, mas para que seja concertado.

O arrependimento é um dom que Deus nos dá em nosso beneficio e não d’Ele. Não aumenta o desejo d’Ele estar conosco. Aumenta a nossa capacidade de estar com Ele. Você já viu um animal se arrepender?

O arrependimento é obra medicinal para concertar nossa mente e nosso coração, que se dobraram sob o peso do pecado.

Quando adulterou com Bate-Seba e assassinou Urias, Davi passou um ano sem se arrepender. Cauterizou a mente, (apagou o Espírito), Quando Natã contou a história sobre um homem rico que roubou a única ovelha de um homem pobre. Observe o que aconteceu:

“Analisando a história com os olhos da pessoa ofendida, Davi ficou indignado com o opressor, até que Natã disse: ‘Você é esse homem! ’. Pela primeira vez Davi enxergou seu gesto sob a perspectiva daqueles a quem ferirá, e arrependido procurou o perdão.”

A questão não é se Deus se cansará de perdoar pecados. Perdoar é sempre a resposta certa para o arrependimento sincero. Deus não está preocupado com a possibilidade de tirarem vantagem d’Ele. O perigo é não termos a consciência do pecado. O perigo é que a sedução, que o pecado produz, nos impeça de se arrepender.

A maior esperança que me apego diante do pecado não é a minha bondade, mas a bondade de Deus; o arrependimento é sempre feito sob a graciosa promessa do perdão.

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