sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O MONTE


O monte é um lugar de visão. Nele você amplia a visão em sua volta e também no seu interior. Os montes parecem ser os lugares prediletos de Deus.

‘Ele se encontrou com Abraão no monte Moriá. Falou com Moisés em uma sarça em chamas sobre o monte Horebe. Entregou as tábuas da Lei no monte Sinai. Falou com Elias em cima de um monte, no “murmúrio de uma brisa suava”.

Se você parar para pensar, verá que o monte é onde céu e terra mais se aproximam um do outro. Há algo transcendente (e carismático) no monte. O profeta Ezequiel, (dar a entender), que o jardim do Éden ficava sobre um monte.

Estavas no Éden jardim de Deus; (...) permanecias no monte santo de Deus... Ez 28.13,14

A altura sempre nos sugere transcendência, poder e visão. Ela é venerada por muitos.

No mundo antigo, os altares costumavam ser construídos em “lugares altos”. Mesmo hoje falamos em padrões e idéias elevadas. Funcionários públicos e executivos de empresas privadas disputam lugar em cargos superiores. Quando alguém se mostra pretensioso nós o mandamos descer do salto.

Grandes alturas nos inspiram, mas também nos humilham, porque expõem nossa pequenez.

Quando o súdito comparece diante do rei, ele se curva, reconhecendo que está na presença de alguém de posição mais elevada;

Quando o crente, de qualquer religião, ora (ou reza), se ajoelha, reconhecendo que está na presença do seu senhor. (O seu “deus”);

Quando o rapaz pede a moça em casamento, ele se apóia sobre um joelho, reconhecendo que está na presença de sua senhora.

Um dos nomes de Deus é “Altíssimo”. Este nome é usado cerca de 50 vezes na Bíblia, significando que Ele está acima de tudo.

A Queda significou deixar o Éden e, portanto o monte. Não podemos ignorar algo sobre o cume do monte: ninguém tem permissão para ficar lá permanentemente. Todo mundo precisa retornar ao vale e enfrentar a vida lá embaixo. Isso significa que de vez em quando a dúvida se levantará.

Nota: Já tivemos experiências que “não sabemos se a terra subiu ou se o céu desceu”, mas que gostaríamos que não parasse. Que nunca se acabasse. E depois veio a dúvida.

Jesus costumava subir no alto de um monte para orar. Assim, Pedro, Tiago e João não se surpreenderam quando, certo dia, Ele os levou consigo até o monte, que às vezes é chamado de monte da transfiguração.

Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e levou-os sós, à parte, a um alto monte. Foi transfigurado diante deles; as suas vestes tornaram-se resplandecentes e sobre modo brancas, como nenhum lavandeiro da terra as poderia alvejar. Apareceu-lhes Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus. Mc 9.2-4

Eles tiveram a oportunidade de vê-lo transfigurado no alto do monte.

Eu gostaria de levantar uma questão: Que idéia você tem da “transfiguração”? Para você a transfiguração é apenas brilho no rosto, como aconteceu com Moisés? Ou é algum efeito especial como os que temos visto no cinema? O que é a transfiguração para você?

‘Sabemos que transfigurar é transformar em algo diferente, mas biblicamente falando, esta resposta não é suficiente.

‘Costumamos falar no arrebatamento apenas como um transporte sobrenatural. Da mesma forma que você é transportado em espírito, (inclusive com a mesma velocidade). Num piscar de olhos você sai de um lugar para outro independente da distância. No arrebatamento ocorrerá isto, só que com o corpo, e este corpo estará transformado (ou melhor, transfigurado) pela glória de Deus.

Nota: É assim que penso. Teremos as vestes adequadas para estar na presença do Senhor. Esta é uma posição elevada que (realmente) desejo, e você?

Quando falamos no arrebatamento pensamos em “ser transportado” as alturas e encontrar com Jesus. Não costumamos pensar que nosso corpo sofrerá uma transformação radical e simultânea. Vejamos o que a Bíblia diz:

Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdará a incorrupção.

Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta.

A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. 1Co 15. 50-53

Pedro vendo Jesus transfigurado reagiu sugerindo que permanecessem naquele lugar e, (em um comentário que revela a incrível falta de entendimento), propôs construírem tendas para Jesus, Elias e Moisés,

Pois não sabia o que dizer Mc 9.6

Quando você não sabe o que dizer, o bom senso diz que é melhor ficar calado, (é melhor não dizer nada), mas, ao que tudo indica isso não passou pela cabeça de Pedro. E essa experiência no cume do monte não o impediu de negar Jesus na frente de todo mundo quando foi pressionado pela criada do sumo sacerdote.

Por que não podemos ficar para sempre no monte? Não sei. Talvez seja porque, por mais que a felicidade seja importante, há outras coisas que devem acontecer, de modo que a felicidade não se torne o tipo errado de “deus”.

Talvez, se ficarmos tempo demais no cume do monte, corra o risco de adorar o monte, onde encontramos Deus, em vez de adorar o próprio Deus. Vamos sempre ficar procurando a sensação da experiência. Muitos caem nesta cilada e só querem sentir.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

FÉ, CRENÇA OU CONVENIÊNCIA?

Fé é crer com o corpo o que afirmamos crer com a mente. Observe dois sujeitos que professam a mesma fé e provavelmente descobrirá que têm convicções diferentes.

Todos têm convicções sobre o que crêem, e elas podem ser: Púbica (o que digo ser); privada (no que penso crer) ou íntima (no que revelo crer pelos meus atos). Veja o que você anda fazendo e descubra no que (realmente) você crê!

As convicções públicas são aquelas em que você quer que as pessoas pensem que você acredita em algo, mesmo que não seja verdade.

‘Por exemplo: Uma senhora lhe pergunta o que acha da sua aparência, (maquiagem ou do seu vestido), mesmo que a resposta certa seja: “Está horrível.” Você não faz a declaração deste tipo para manter um bom relacionamento, (ou simplesmente para ser simpático).

‘Personalidades públicas são famosas por anunciar suas convicções com o intuito de criar uma impressão em vez de transmitir a verdade. Por exemplo: “Este é o melhor país sobre a face da terra”; “Esta é a eleição mais importante da nossa vida”. Embora não seja verdade, soam como se fosse e permite ao falante impressionar os ouvintes.

‘Tem sido assim durante muito tempo. Depois que Jesus nasceu, o rei Herodes disse aos magos:

Vão informar-se com exatidão sobre o menino. Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo. Mt 2.8

‘Esse não era o verdadeiro intento de Herodes. Ele só queria influenciar os magos a seu favor.

Convicções privadas são aquelas em que você pensa acreditar, mas que no final das contas, sua crença é ilusória. Por estranho que pareça você pode acreditar em algo e ao mesmo tempo as suas convicções serem contraditórias.

A convicção parece real no momento, mas se as circunstancias mudam, ela também muda.

‘Um exemplo bíblico disso aconteceu na noite antes de Jesus morrer, quando ele anteviu que Pedro o negaria, e Pedro discordou:

Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei! Respondeu Jesus: “Asseguro-lhe que ainda hoje, está noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará. Mas Pedro insistia ainda mais:Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros disseram o mesmo. Mc 14.29-31

No momento em que proferiu estas palavras, é evidente que Pedro estava sendo sincero, embora suas convicções não fossem verdadeiras, pois não se sentia da mesma maneira, quando foi confrontado pela criada do sumo sacerdote.

Estando Pedro embaixo no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote e, vendo Pedro, que se aquentava, fixou-o e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno. Mas ele o negou, dizendo: Não o conheço, nem compreendo o que dizes. E saiu para o alpendre. Mc 14.66-68

Às vezes achamos que temos convicções, mas elas se mostram instáveis, pois, não são profundas, e, quando as circunstancias se alteram, sentimos diferente. Eu diria que algumas vezes estamos sinceramente enganados.

As convicções privadas envolvem um auto-enganou: queremos acreditar em algo, ou estamos empenhados em acreditar, mas no fundo sabemos que é falso. Isto acontece com freqüência num relacionamento onde um dos cônjuges quer acreditar que o outro vai mudar, embora não veja mudança.

Acontece também em relacionamentos comerciais, e o mais comum é no esporte, onde torcidas inteiras querem acreditar que o seu time pode ser campeão, quando ele corre o risco de rebaixamento. (E por incrível que pareça elas acreditam no que estão dizendo). O mesmo acontece com Pais que exageram as habilidades dos filhos.

Um grupo estava estudando a passagem bíblica sobre o profeta Eliseu e seu servo no momento em que o inimigo vinha contra eles e o servo se sentia muito inseguro. Eliseu orou para que Deus lhe abrisse os olhos, e de repente o servo viu que estava cercado de anjos e carros de fogo, o que significa que estava seguro sob os cuidados vigilantes do Senhor.

‘O líder do grupo perguntou: “Como reagiriam se acontecesse a vocês uma coisa dessas?” É uma boa pergunta. Como você responderia a ela? Um dos integrantes do grupo, (considerado um homem brilhante, com título de ph.D.), e que passara a vida inteira na igreja respondeu: “Eu ficaria surpreso em descobrir que aquilo em que acreditei a vida inteira acabava de se revelar verdadeiro”.

Confesso que para mim é difícil entender esta resposta. O que significa crer em alguma coisa se me causaria surpresa ela se mostrar verdadeira? Às vezes é difícil para alguém (razoavelmente) honesto expressar aquilo em que acredita.

As convicções íntimas são aquelas que se revelam em nossos atos diários, (no que fazemos de fato). Compõem o que poderia ser chamado de “mapa mental”. Cada um de nós tem um mapa mental sobre como as coisas são e como a vida funciona de verdade.

‘Por exemplo: Acredito que, se eu puser a mão no fogo vou me queimar com a mesma convicção que acredito na gravidade. Isto faz parte do meu mapa mental, portanto não preciso me esforçar para me comportar de modo coerente com o fogo e nem com a gravidade.

Não preciso demonstrar a ninguém a minha crença na força da gravidade. Não preciso lembrar a mim mesmo que não devo saltar de um prédio de dez andares. (Por outro lado se eu quisesse cometer suicídio eu saltaria), meus atos são sempre o resultado de meus propósitos e de minhas convicções íntimas.

Nota: Seus atos revelam em que você realmente crê. Da mesma forma os meus atos revelam em que de fato creio.

Existem determinadas situações em que mesmo sabendo que tem total segurança você hesita. Para alguns é andar numa montanha russa, para outros é andar de avião ou de barco, e para outros um elevador panorâmico.

‘Todos acreditam na segurança, mas quando arrisca descobre que o corpo não acredita que está seguro. (As glândulas sudoríparas têm duvidas a respeito. As batidas do coração aumentam. O estomago protesta). Você tenta convencer o corpo de que ele está seguro, mas ele parece não ouvir. Entretanto outras pessoas fazem essas coisas todos os dias. O corpo delas acredita estar seguro

É estanho, mas é comum você acreditar em algo que seu corpo não acredita, vejamos alguns possíveis exemplos:

‘A Bíblia diz: Não julguem para que não sejam julgados. Mt 7.1 Todos crêem nisso, mas é evidente que a boca de muitos não está nem um pouco convencida.

É melhor dar do que receber. At 20.35 Ninguém contesta este ensino, embora alguns não consigam abrir a mão.

Fé é crer com o corpo o que afirmo crer com a mente.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BOA-FÉ

Uma coisa é dizer que crê e outra bem diferente é acreditar no que diz que crê. Veja o que você anda fazendo e descubra no que (realmente) você crê!

O melhor indicador de suas verdadeiras crenças e propósitos são os seus atos. Eles sempre fluem do seu mapa mental. O que você afirma crer pode ser falso. O que você pensa crer pode ser transitório.

Vivemos sempre a mercê do que pensamos que as coisas são. Por exemplo: Embora a mentira seja uma abominação para o Senhor, algumas vezes agimos como se fosse necessária para evitar um constrangimento, uma dor ou simplesmente para levar vantagem.

Nosso comportamento também trás a tona o que (realmente) cremos a respeito de Deus. Eu o desafio a examinar a crença de que Deus sempre está presente e nos observando.

Acompanhe o meu raciocínio: Se o seu patrão, seu cônjuge ou sua mãe estivesse lhe observando o tempo todo, você evitaria alguns comportamentos negativos, porque você não poderia dizer que é mentira o que sabia ser conhecido. Não faria certas coisas. Seu comportamento seria alterado.

No entanto, praticamos coisas que sabemos desagradar a Deus. Será que cremos realmente que Ele está presente ou temos a capacidade de deixar de lado essas crenças quando nos é conveniente?

Identificamos como má-fé o comportamento de alguém que afirma crer de um modo, porém age de outro. Por outro lado, denominamos boa-fé a coerência entre o que afirmamos crer e como agimos de fato.

No testemunho de Jesus há coerência. O que Jesus pensava e dizia estava em harmonia com o que fazia. Ele era um Homem de boa-fé. Ele também era um mestre. Que tipo de mudança, você acha, que Jesus está interessado em efetuar, na sua e na minha vida?

Nota: Como qualquer bom professor, Ele está interessado em como as coisas verdadeiramente são – sem dissimulação nem auto-engano.

Havia coerência entre o que Jesus dizia, pensava e fazia. Ele acreditava existir um Pai Celestial sempre presente com Ele, que o amava. Jesus acreditava nisso como nós acreditamos na lei da gravidade.

Os discípulos olhavam para Jesus e pensavam: “Eu gosto da vida dele. Queria ser capaz de viver do mesmo jeito” (por isso o seguiam). Quando tentaram fazer o que Jesus disse, descobriram que seus ensinamentos faziam sentido. O perdão funcionava melhor que a vingança.

O crescimento dos discípulos se deu mais ou menos assim: primeiro, eles tiveram fé em Jesus; depois começaram a ter a fé de Jesus.

A mais profunda convicção do cristão é a de que Cristo não estava errado.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CONVICÇÃO

Jesus abriu mão da glória, do poder e da riqueza; abriu mão de privilégios inimagináveis, para nascer em um pequeno estábulo, filho de pais desconhecidos e pobres.

Ser criado em uma família de classe operária, trabalhar como carpinteiro, e depois ser mestre sem teto de um ministério itinerante que mais tarde também teve de abrir mão.

Reunido com os discípulos em torno de uma mesa, (que hoje chamamos mesa de comunhão), anunciou que abriria mão da própria vida em favor deles, e ensinou que o único modo de ganhar a vida é abrindo mão dela. Em seguida se deixou levar para uma cruz aonde clamou em alta voz:

Pai, em tuas mãos entrego meu espírito! Lc 23.46

Ao fazer isso, ele nos salvou e ensinou sobre confiança. E você, que confessa ser cristão (seguidor d’Ele) está disposto a abrir mão de que?

‘Certa vez um jovem rico se aproximou de Jesus e Ele lhe perguntou: “Você está disposto a se soltar? - Está disposto a abrir mão dos seus bens para me seguir?”

A prisão daquele jovem chama-se dinheiro.

E você, o que está lhe prendendo?

‘Jesus falou com uma mulher flagrada em adultério: Vá e não peque mais. Jo 8.11

E você, está disposto a abrir mão de um relacionamento que desonra o Senhor?

Sabe do que você precisa abrir mão? A resposta é simples: De qualquer coisa que o mantenha distante de Deus.

Abra mão de seu relacionamento (se ele desonra Deus);

Abra mão de seu apego ao dinheiro, (se ele o faz egoísta, mesquinho ou avarento);

Abra mão de seu poder, (se ele o impede de ser servo);

Abra mão de seu vício - admitindo e buscando ajuda;

Abra mão daquele hábito (que você sabe) que desagrada a Deus;

Abra mão daquele ressentimento;

Abra mão de seu ego, de seu orgulho, de sua reputação, e da sua desobediência.

Saia do escuro.

Depois que você abrir mão (destas coisas), Deus lhe dirá: “Agora espere”.

Ninguém gosta de esperar.

O que você faz quando espera? Fica preocupado, ansioso, irritado, murmura; rói unhas, arranca os cabelos ou agride quem está por perto?

Abraão caiu no “Agar” de Sara quando esperava o filho da promessa;

Os israelitas atravessaram o deserto choramingando (e murmurando) ao esperar quarenta anos pela terra prometida;

Gideão levantou sedo para conferir a lã, e ver se Deus falava sério ou se tudo não passava de conversa fiada.

Você já imaginou como foi à espera dos discípulos desde à tarde da Sexta-feira da Paixão até a manhã do Domingo de Páscoa?

A fé sempre envolve espera e nunca se resume a uma questão intelectual.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

FESTA DOS TABERNÁCULOS

A festa do tabernáculo é uma celebração da glória de Deus. Para você entender esta festa é preciso compreender que a glória de Deus é a manifestação tangível da presença d’Ele. Sabemos que Ele está sempre presente em todo lugar, mas há certos momentos em que Ele revela a Sua presença de uma forma que é discernível aos nossos sentidos.

O propósito da Festa de Tabernáculo é recordar as experiências com a glória de Deus no passado, buscar a face d’El clamando por um novo derramar e na família, na Igreja e na nação.

Uma leitura criteriosa vai mostrar que a Bíblia fala em cinco modelos (distintos) de tabernáculo onde a glória de Deus se manifestou. Num sentido amplo, esta Festa inclui a celebração desses cinco tabernáculos.

O primeiro é o tabernáculo de Moisés. Êx 40.33-35 Quando ele foi construído a Glória do Senhor encheu o tabernáculo e habitou no meio do povo e eles tiveram uma provisão perfeita. Deus atendeu a todas as suas necessidades. O maná caía do céu (todos os dias) para alimentá-los. As roupas e os sapatos não se desgastaram.

Tinham uma proteção completa. Todo inimigo que vinha contra eles era derrotado. Eles gozavam de total saúde. Nenhum deles ficou fraco, doente ou enfermo. A glória de Deus trouxe a benção do Senhor.

O segundo tabernáculo é o tabernáculo de Davi, onde a Arca da Aliança era rodeada de adoração continua, (24 horas por dia, sete dias por semana), durante todos os anos de sua existência. Neste tabernáculo não havia véu de separação e a glória de Deus estava à vista de todos (homens, mulheres e crianças). As bênçãos de Deus foram derramadas e Israel desfrutou uma incrível prosperidade e vitória sobre o inimigo.

O terceiro tabernáculo é Jesus.

E o Verbo se fez carne, e habitou [num tabernáculo, o corpo] entre nós, e vimos a sua glória, [...] Jo 1.14

Em Jesus, Deus habitou por um pouco tempo entre o Seu povo e manifestou a Sua glória, liberando vida, cura, salvação e libertação!

O quarto tabernáculo é a Igreja que é descrita em Atos como sendo a restauração do tabernáculo de Davi At 16,17 A intenção de Deus é que a Igreja seja o lugar onde a Sua glória seja entronizada pela adoração. Quando a Igreja desempenha o seu chamado, a glória habita em nosso meio e grandes bênçãos são liberadas.

O quinto é o tabernáculo eterno.

Ouvi uma forte voz que vinha do Trono e dizia: “agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. Ap 21.3,4

Isto é bênção continua. Todos os cinco tabernáculos têm em comum a presença da glória de Deus.

Sobre toda a glória de Deus se estenderá um tabernáculo. Is 4.5

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dúvida

É interessante que as últimas palavras usadas por Mateus no seu evangelho para descrever os discípulos tenha sido: Quando o viram, o adoraram, mas alguns duvidaram. Mt 28.17

Os onze seguiram a Jesus durante três anos. O viram realizar milagres (de cura, libertação e até ressuscitar mortos), ouviram e se maravilharam com seus ensinamentos. Depois o viram crucificado e ressurreto, e a última coisa que lemos sobre eles é: Mas alguns duvidaram. Mt 28.17

Estes discípulos, (que mais tarde foram chamados de cristãos, ou seja, pequenos Cristos), são as primícias dos crentes da igreja atual. E o interessante é que esta característica nos acompanha. Somos “crente bipolar”, pois vivemos entre a adoração e a dúvida; a confiança e o questionamento; a esperança e a preocupação.

Quando Jesus confiou aos discípulos à chamada Grande Comissão, enviando-os para serem os seus agentes no mundo, deve ter olhado para aqueles adoradores cheios de dúvidas, antes de dizer: Vão! Mesmo cheios de dúvidas vocês mudarão o mundo por mim. Jesus sabia que à medida que eles avançassem as dúvidas seriam sanadas.

Discípulos não são pessoas que jamais duvidam. Eles duvidam e adoram. (Duvidam e pregam. Duvidam e evangelizam. Duvidam, mas dão um bom testemunho). Duvidam e ajudam uns aos outros em suas dúvidas. Duvidam e são fieis. Duvidam mas têm esperança.

Nota: Será que você é diferente? Amado você duvida porque é normal.

De vez em quando a dúvida faz bem para nós. Pode nos motivar a estudar e aprender. (Pode diminuir nossa arrogância. Pode nos fazer pisar no freio). Pode nos lembra de quanto à verdade é importante.

No entanto a dúvida também pode fazer mal; ela azeda como leite estragado, e é capaz de infiltrar-se na mente, parar a vontade, bloqueando a coragem e a devoção. Consegue prejudicar nossa capacidade de persistir, nos tornando indecisos, e corroendo a confiança.

Fazendo uma analogia. Assim como o colesterol pode ser bom (HDL) e ou ruim (LDL), da mesma forma a dúvida pode ser boa ou ruim. Assim como o colesterol pode ser fatal para a saúde, a dúvida (quando mal administrada) pode ser fatal para a fé.

A dúvida boa é aquela que nos tira da comodidade proporcionada pela segurança e nos faz vigiar.

‘Certa vez fui procurado por um ex-membro (da Igreja Obreiros de Cristo em Imbiribeira), com uma apostila que defendia a doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre”. Ele queria a minha opinião, (ou melhor, queria uma discussão teológica), mas me limitei a fazer a seguinte pergunta: “Esta certeza vai lhe edificar, santificar ou liberar para atender os anseios carnais?” Ele ficou pensando e não voltou a falara comigo sobre o assunto.

‘Eu sabia que ele tinha um relacionamento fora do casamento e penso que estava procurando apoio para isto. Algumas pessoas gostam de se enganar e abraçam qualquer doutrina que justifique suas atitudes. Não querem mudar, mas querem apoio.

Não há caminho para Deus que ignore a santidade. Você pode ter muitas dúvidas teológicas (intelectuais) e é importante ser sincero em relação a elas, (conversar sobre elas), orar e examinar as Escrituras.

Todavia, confessar, orar e estudar, não afasta a necessidade de escolher. É preciso se posicionar. É preciso identificar o que está lhe segurando. Solte-se do egoísmo. Solte-se do medo. Saia da escuridão. Faça a escolha certa, e a escolha certa é Jesus.

Acredite n’Ele ou não. Um dia, (independente da sua vontade), a vida se soltará de você. (Comigo acontecerá à mesma coisa). Portanto a verdadeira questão é: O que acontece em seguida? Esta dúvida pode direcionar sua vida.

Alguns acreditam que será o fim. Que não existe nada além da morte. Pensam que o que chamamos de alma não passa de neurônios que deixarão de trocar impulso, e nada mais. Os seis trilhões de átomos que foram utilizados por seu corpo se transformarão em adubo e que você é simplesmente isso.

Jesus, no entanto, dizia que existe um Criador e que há vida após a morte. Mesmo assim, (alguns crentes), ficam “em cima do muro” e crêem na ressurreição de forma abstrata, como se fosse uma idéia.

As dúvidas mais comuns podem ser divididas em três categorias.

A primeira está relacionada a provas. Às vezes gostaríamos que houvesse o mesmo tipo de prova da existência de Deus que há a respeito do fígado, do sarampo ou da diabete.

A segunda está relacionada aos próprios crentes. Por que não somos melhores? Porque os crentes se envolvem em todo tipo de confusão. De cruzada a inquisição. Faz politicagem, manipulação e exploraram uns aos outros. Roubam e fazem todo tipo de discriminação, (às vezes em nome de Deus).

Se o que Jesus disse é verdadeiro porque não amamos o próximo que foge do nosso padrão? E por que alguns crentes podem ser negativos, críticos, hipócritas, mesquinhos e vingativos?

A terceira categoria está relacionada ao problema da dor. Por que Deus não explica o que está acontecendo (ou, melhor ainda, por que não lhe dá um basta), e tantos inocentes sofrem.

Todos já fomos confrontados por essas dúvidas. Como você administrou isto? Como Pascal disse: “Há luz suficiente para quem quer ver e escuridão suficiente para quem crê diferente.”

‘Um crente que não tinha um bom testemunho ao ser confrontado: “Como você pode ser crente e comportar-se tão mal, ser tão mesquinho, tão egoísta e aproveitador?” Ele respondeu: “Imagine só se eu não fosse crente.”

Cinismo ou realidade? Qual a sua opinião?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O TRANSFORMADOR

Nunca ouvi ninguém dizer: “Um dia percebi que não existe Deus algum. Não há ninguém por trás da realidade, nem vida alguma após a morte. Dei-me conta de que a existência é um acidente sem sentido, iniciado pelo acaso e destinado ao esquecimento, e isso mudou minha vida. Antes eu era viciado em álcool, mas agora a ‘lei da seleção natural’ me libertou. Antes eu era ganancioso, mas agora a história do Big Bang me tornou generoso. Antes eu era medroso, mas agora a noção de casualidade fez de mim um valente.”

Nunca ouvi dizer que um universo acidental e sem sentido transformasse a vida desse jeito. Contudo, já ouvi pessoas dizerem que quem opera coisas desse tipo é Jesus.

Nunca ouvi ninguém dizer que alguém recebeu o poder de viver o tipo de vida e se tornar o tipo de pessoa que (ele ou ela) deseja ser ouvindo que não existe nada por trás do Universo. Porém, já ouvi (muitos) dizerem que Jesus faz isso há mais de dois mil anos.

E você, já ouviu alguma coisa, a esse respeito?

Nunca ouvi ninguém falar: “Agora encontrei uma existência cheia de significado em uma realidade sem sentido”.

Simplesmente não existe ninguém mais digno de confiança que Jesus. Não há ninguém cuja compreensão da vida tenha chegado perto d’Ele. Ninguém que tenha afetado a história como Ele. Simplesmente não existe nenhuma outra fonte (nenhum livro, nenhum guru, nenhuma intuição, nenhuma experiência pessoal) em que valha a pena apostar todas as fichas.

Jesus atua no ramo da transformação de vidas.

Desde o principio, os mais diversos tipos de pessoas se chegaram a Ele, (pessoas satisfeitas e confusas, leprosos e feridos, gente esquecida e desprezada, prostitutas e coletores de impostos, pessoas admiradas e ricas e também líderes religiosos). Havia alguma coisa em Jesus que fazia o coração de todos desmoronar e então renascer.

De fato, o ateísmo nada tem a dizer para um sujeito no corredor da morte. Porque, quando se vive no corredor da morte (e é onde todos nós estamos vivendo), só tem uma coisa que pode trazer esperança real.

Você sabe o que é? Se você tem a resposta lembre que alguém (próximo a você) precisa desta resposta.

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Deus abençoe